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Partida de 50 faltas acaba sem um único cartão

LIBERTADORES
Em um tempo, Liedson apanha mais do que Neymar

DE SÃO PAULO

Corinthians e Santos fizeram uma semifinal tensa, faltosa, disputada, com briga constante pela bola, marcação pesada e nenhum cartão.

O árbitro gaúcho Leandro Vuaden passou pelo clássico que colocou o time da capital paulista na decisão pela primeira vez sem precisar apelar para advertências.

E nem foi por critério da arbitragem que a semifinal da Libertadores, um torneio que ganhou fama no passado por confrontos violentos (às vezes até sangrentos), que a semifinal passou em branco.

Apesar do elevado número de faltas (50, sendo 30 santistas e 20 corintianas), a partida não teve entradas desleais, reclamações excessivas ou confusões entre atletas.

O lance mais pesado aconteceu do lado de fora do campo. Nervoso, o volante santista Adriano empurrou um gandula na ânsia por recolocar a bola em jogo mais rápido.

Neymar, o astro da equipe de Muricy Ramalho que tanto sofre com os pontapés adversários, desta vez foi anulado por uma marcação leal.

O camisa 11 do Santos sofreu seis faltas nos 90 minutos que ficou em campo. O corintiano Liedson, em apenas um tempo, foi parado de forma irregular sete vezes.

Foi à base da diminuição de espaços que o Corinthians conseguiu deixar a partida ao estilo que mais gosta: lenta, com a bola disputada no meio de campo e as defesas levando a melhor sobre os ataques.

O time da casa entrou em campo com o propósito de marcar o Santos apenas atrás da linha de meio de campo.

A liberdade que sobrava para os defensores da equipe visitante rodarem a bola fazia muita falta lá na frente, para armadores e atacantes.

Com pouca mobilidade e sem espaço para criar, os santistas erraram demais. E, mesmo precisando vencer, criaram menos oportunidades de gol que o adversário.

No total, o Corinthians finalizou sete vezes, cinco delas no gol. O Santos só conseguiu concluir três jogadas. E o goleiro Cássio precisou fazer apenas uma defesa -a outra bola que foi no gol, uma canelada de Neymar, entrou.

Rafael trabalhou bem mais. No primeiro tempo, precisou buscar uma cobrança de falta no canto de Alex. E fez uma grande defesa em cabeçada de Jorge Henrique que quicou no gramado e subiu.

Após chegar ao empate, em gol de Danilo, o Corinthians voltou à forma inicial. Recuou as peças, marcou apenas no campo de defesa e esperou o Santos tocar a bola inutilmente de lado em busca de um espaço que até o fim insistiu em não aparecer.

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