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Juvenal diz que Leão é apenas 'razoável'

SÃO PAULO
Presidente faz crítica, mas declara que trabalho do técnico é 'suficiente' para mantê-lo no time

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O São Paulo terminou o Brasileiro do ano passado na sexta colocação, fora da zona de classificação para a Libertadores. Depois, caiu nas semifinais do Campeonato Paulista, mesmo destino da Copa do Brasil, em que não teve nenhum dos 12 grandes clubes do país como rival.

Mas está tudo bem no Morumbi -afinal, para o presidente Juvenal Juvêncio, o "razoável" é "suficiente".

Foram esses os termos que o principal cartola são-paulino utilizou para avaliar o trabalho de Emerson Leão, que assumiu o time na reta final do Nacional de 2011.

A passagem do técnico tem sido de frustrações, polêmicas e futebol pouco vistoso.

Há pressão constante para que a diretoria mude o chefia do elenco, mas, segundo Juvenal, a queda na Copa do Brasil após derrota por 2 a 0 para o Coritiba ainda não é gancho para isso, apesar de admitir que o trabalho do treinador não o convence.

"O Leão permanece. Tem feito um trabalho razoável, é o suficiente para mantê-lo."

As garantias dadas pelo mandatário são-paulino parecem bem frágeis, porém.

Mesmo os dirigentes que convivem diariamente com o técnico têm restrições ao trabalho de Leão, caso de Adalberto Baptista, diretor de futebol com quem Leão trocou farpas pela imprensa no episódio do afastamento do zagueiro Paulo Miranda.

A decisão -tomada após os cartolas perceberem que o beque continuaria titular mesmo após erros contra o Santos no Estadual- deixou Leão por um fio no cargo.

A equipe continuou viva na Copa do Brasil, e o treinador se segurou no banco.

Mas, agora, precisa evitar tropeços no Brasileiro para continuar no São Paulo.

"Daqui para a frente é preciso ter inteligência, e eu disse isso aos atletas", afirmou Leão após o jogo no Paraná. "Essa é hora de aceitar, compreender e reagir", concluiu.

REFORÇOS

Na última temporada, na época da apresentação de Leão, Juvenal tirou dos técnicos -em 2011 três deles se sentaram no banco da equipe- a responsabilidade pelos fracassos do São Paulo.

Disse, então, que a partir dali responsabilizaria os atletas pelos maus resultados.

Na virada do ano, promoveu uma grande reformulação no elenco: muitos saíram, muitos chegaram e muito dinheiro foi gasto para isso.

Com um primeiro semestre em branco, o presidente já fala em ir ao mercado de novo.

A preocupação é com a zaga, setor que ganhou dois novos nomes em 2012: o reserva Edson Silva e o titular, mas contestado, Paulo Miranda.

"Vamos buscar reforços na janela [de transferências], um aqui, outro acolá", disse Juvenal. "Precisamos reforçar a defesa. O São Paulo, em um passado recente, foi um time de zagas muito fortes."

O presidente citou interesse em Lúcio, 34, da Inter de Milão e ex-capitão da seleção, mas se assustou com a pedida salarial do zagueiro.

"Ele quer ganhar muito dinheiro. São valores proibitivos para o futebol brasileiro atual", criticou Juvenal. "O São Paulo não faz o que o Fluminense faz com o Deco, que recebe R$ 650 mil", afirmou.

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