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Juca Kfouri

Romarinho, palestino?

Com reservas, o Corinthians vence um dérbi que humilha o rival, que se recuperava

ROMARINHO NASCEU em Palestina, pequena cidade do interior paulista de 11 mil habitantes, na rica região de São José do Rio Preto.

Romarinho é quase palestino, não palestrino como você pode ter entendido inicialmente, embora, na verdade, ele seja é palestinense.

Comemorará 22 anos no dia que está previsto para o mundo acabar, no próximo 12 de dezembro, mas já tem seu nome registrado na história do velho dérbi paulistano.

Jogou ontem como se fosse um veterano titular corintiano, embora fosse sua primeira partida nesta situação -e titular entre os reservas, numa aparente, mas só aparente contradição.

Fez um gol de letra para empatar o jogo ainda no primeiro tempo, quando seu time já merecia

estar vencendo, mesmo depois de ser surpreendido pelo gol-relâmpago do Palmeiras, do amuleto Mazinho.

E o segundo, no segundo tempo, com a calma dos que sabem, belíssimo, digno de Pacaembu lotado e não com apenas 18 mil torcedores.

Os corintianos não foram ao estádio pensando no Boca Juniors e num clássico esvaziado, pois se supunha que também os rivais se poupariam.

Mas o Palmeiras não tinha mesmo motivo para tanto, dada a distância da decisão da Copa do Brasil.

E jogou com o que tinha de melhor para acabar se expondo ao vexame de perder para o rival com o time alternativo, maneira suave de se referir ao reserva.

Coisas da vida e do futebol.

Deste futebol que cada vez mais valorizará os preparadores físicos, porque a moda de marcar na frente pega geral e, se não é nova, sempre foi vista como impossível de ser mantida durante os 90 minutos. Os técnicos desenham, e a preparação física terá de colorir.

A melhor notícia para os corintianos nem foi a primeira vitória no Brasileirão, de virada e em cima do rival mais tradicional.

A melhor notícia foram três.

A primeira, Romarinho, é claro, que parece predestinado a virar xodó da Fiel.

A segunda, Liedson, que jogou competitivamente durante todo o tempo e deu uma bicicleta que merecia ter virado gol, em vez de bater na trave e correr malandramente pela linha fatal.

A terceira foi a volta, em grande estilo, do capitão do pentacampeonato brasileiro, Paulo André.

Pena que o zagueiro não esteja mais inscrito porque poderia ser útil na final da Libertadores.

Tite vive o melhor momento de sua vida.

blogdojuca@uol.com.br

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