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Greve e caos atrapalham dia de turista

Corintianos com planos de passear por Buenos Aires têm dificuldade

DOS ENVIADOS A BUENOS AIRES

Para os corintianos que queriam unir o jogo de ontem ao turismo por Buenos Aires o tiro saiu pela culatra.

Uma manifestação na Praça de Maio, diante da Casa Rosada, a sede do governo, e greves em setores públicos transformaram a capital.

Parte considerável dos corintianos que foram a Buenos Aires tinha a quarta-feira como o dia com mais tempo para passeios, já que embarcaram durante o dia na terça e voltariam hoje pela manhã.

Movimentar-se de carro era difícil por causa do trânsito.

Os dezenas de milhares que foram à manifestação, que teve como clímax o discurso inflamado de um sindicalista contra a presidente Cristina Kirchner, fecharam as vias ao redor da av. 9 de Julho, a principal da cidade.

Nesta zona estão os hotéis que abrigaram a maior parte dos torcedores corintianos, incluindo a própria equipe.

O clube acompanhou o desenrolar da manifestação para saber se deveria mudar o horário da ida para o estádio, mas, no começo da noite, a situação havia melhorado.

Passeios pelos pontos históricos da capital portenha foram impossíveis de serem feitos pelos brasileiros.

Para sair do centro, só em lotados vagões de metrô ou longas caminhadas até ultrapassar os limites da manifestação. Era difícil arrumar um táxi para levar os torcedores até a Bombonera.

Quem optou pelo metrô ainda teve que enfrentar uma caminhada de mais de dois quilômetros por ruas quase desertas, já que os carros não conseguiam passar pelo centro. Mas não ficou nisso.

Um dos principais serviços que foram paralisados pela tentativa de greve geral foi o de coleta de lixo.

Até nas ruas elegantes do bairro de Palermo, outra zona com muitos hotéis lotados de corintianos e brasileiros, os sacos de lixos, muitos deles já furados por animais, acumulavam-se nas calçadas e exalavam um cheiro verdadeiramente insuportável.

A segurança do centro também ficou prejudicada.

Como ordenou a presidente Cristina, a polícia ficou longe dos manifestantes. Ela disse que as forças policiais não deveriam ser agredidas em um protesto que não tinha razão de acontecer.

Voos das companhias argentinas foram cancelados ou tiveram atrasos por causa da paralisação de parte dos funcionários. (LR E PC)

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