Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Marin diz pagar salário a Teixeira por consultas

CBF
Presidente da entidade confirma que seu antecessor continua a receber da confederação

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Ao justificar salário recebido pelo antecessor Ricardo Teixeira após a renúncia, o presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que o consulta sobre questões da entidade. Antes, ele negava falar com o ex-presidente.

A Folha revelou ontem que Teixeira recebeu mensalmente R$ 120 mil como assessor da entidade desde março.

"Preciso recorrer ao Ricardo muitas vezes. Temos mais de 300 contratos, e eu o consulto em alguns casos. Além disso, o Ricardo é um dirigente vitorioso. Se fosse um derrotado, não iria procurá-lo", acrescentou Marin, ao defender o salário do ex-dirigente.

Teixeira foi contratado por ele logo após renunciar ao cargo, disse o presidente da CBF. Segundo o cartola, o antecessor assinou em março um contrato "de prestação de serviço, consultoria e captação de patrocínio por tempo indeterminado".

"Ele é um homem com larga experiência administrativa. Trabalhou mais de 24 anos no nosso futebol. Representou o Brasil na Conmebol [confederação sul-americana] e na Fifa. Eu jamais iria abrir mão da sua experiência", declarou Marin.

O atual salário do ex-presidente da CBF é maior do que quando ele deixou a entidade, que era de R$ 98 mil.

Fora da confederação desde março e morando em Miami (EUA), Teixeira permanece influente na entidade. Funcionários o informam semanalmente sobre a movimentação financeira da CBF.

Ontem, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, foi eleito vice-presidente da região Sudeste. Mais velho dos vices da confederação, ele é o virtual sucessor de Marin no caso de ele deixar o cargo.

Del Nero só não ganhou o voto do Atlético-MG, que não participou da eleição. Os demais clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro e as 27 federações estaduais votaram no dirigente.

O presidente da federação paulista é um dos maiores aliados de Marin e também recebe salário da CBF, de R$ 130 mil, pelo cargo de assessor da presidência.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.