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Pé no chão

Há 5 anos fora da seleção, Nenê diz preferir não conhecer rivais e não ligar para o All-Star Game da NBA

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS

Nenê deixou de lado o discurso ácido e as críticas frequentes ao basquete brasileiro para falar em respeito, aprendizado e felicidade.

A mudança de atitude coincide com o retorno do pivô do Washington Wizards à seleção brasileira. Na última terça-feira, ele jogou pela equipe nacional pela primeira vez desde 2007. Coincidentemente, em São Carlos, no interior de São Paulo, onde nasceu há 29 anos.

Desde a última partida, lesões, o tratamento (e cura) de um câncer no testículo e o nascimento do primeiro filho, Mateos, em 2011, afastaram o pivô da seleção. Em rápida entrevista à Folha, em São Carlos, confessa: "Não sou jogador de All-Star Game".

Folha - Você deixou de servir a seleção em anos anteriores em decorrência de lesões. Como você está neste ano?

Nenê - Estou bem, muito bem. Quando você se sente assim, todos veem. Se você não se sente legal, não vai se divertir. Aqui na seleção estão todos saudáveis, unidos, remando para a mesma direção, está ótimo.

Você já viu a tabela de jogos que terá pela frente na Olimpíada, para fazer uma previsão e até imaginar possíveis cruzamentos na segunda fase?

Prefiro não ver. Lá na NBA mesmo, tem dia que eu nem sei contra quem vou jogar, tem dia que não quero saber mesmo, entro em quadra e jogo igual em todos os jogos. É a minha maneira de respeitar todos os adversários.

O time campeão da NBA é chamado pelos americanos de "campeão do mundo". Você concorda? Acredita que o vencedor da NBA seja maior que o campeão olímpico?

Não. Discordo totalmente. Olimpíada é muito maior. Na NBA, o campeão é o time que foi o melhor da temporada ali. Na Olimpíada, estão os melhores jogadores do mundo, mesmo aqueles que não jogam na NBA.

Fazer uma boa apresentação com a seleção em Londres é uma maneira de mostrar que você pode estar numa equipe mais competitiva na NBA?

Sempre vou fazer isso. Mostrar que as equipes em que jogo são competitivas. Não sou jogador de All-Star Game, para mim isso é muito mais festa, marketing. Não me importo com isso. Nem um pouco. Prefiro ajudar meu time, ter resultados, ser espelho para as crianças, dar o melhor que posso em todos os momentos.

Depois de tanto tempo na NBA, já se sente pronto para atuar nas regras do basquete internacional?

Para mim, ainda falta muito. Preciso aprender muita coisa. A regra do basquete internacional é diferente da que estou acostumado na NBA. As jogadas são outras, o contato físico e a marcação das faltas são diferentes. Ainda preciso aprender muito.

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