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Lavada

Com maior goleada da história das finais, Espanha passa pela Itália, fatura 3º título continental e agora é bi europeia e campeã mundial na sequência

DE SÃO PAULO

Espanha 4

David Silva, aos 14min, e Jordi Alba, aos 41min do 1º tempo; Torres, aos 39min, e Mata, aos 43min do 2º tempo

Itália 0

Onze jogadores podem dizer hoje, orgulhosos, que construíram a seleção de maior hegemonia da história.

Casillas, Albiol, Iniesta, Xavi, Fernando Torres, Fàbregas, Xabi Alonso, Sergio Ramos, Arbeloa, David Silva e Reina foram campeões europeus quatro anos atrás. Venceram a Copa do Mundo em 2010. E ontem voltaram a celebrar um título continental.

Eles aplicaram a maior goleada das 15 decisões já disputadas da Euro, incluindo um jogo de replay em 1968. E também desta edição do torneio -repetiu o resultado do seu triunfo sobre a Irlanda.

Com o inquestionável 4 a 0 ante a Itália, a Espanha conquistou pela terceira vez o torneio. E se tornou a primeira seleção a vencer a competição duas vezes consecutivas.

Mais: é o único time que emendou três troféus na sequência contando continental e o Mundial. A última eliminação nesses campeonatos aconteceu nas oitavas da Copa-2006, para a França.

Nem o Brasil durante a era Pelé conseguiu esse feito. Entre as vitórias no Mundial de 1958 e 1962, foi no máximo vice-sul-americano, em 1959.

"Temos que desfrutar esse momento. São quatro anos inesquecíveis. Para mim, os melhores", disse o goleiro Casillas, capitão nas três conquistas e que ontem venceu pela 100ª vez com a seleção.

A sequência espanhola só não alcança a perfeição devido à queda para os Estados Unidos na semifinal da Copa das Confederações de 2009.

Mas nas últimas duas Eurocopas e na Copa-2010 eles reinaram. Passaram por dez partidas de mata-mata sem ter a defesa vazada uma vez.

E ontem tiveram a mais fácil das três finais que transformaram uma seleção que há quatro anos era conhecida por falhar nas decisões na mais temida da atualidade e uma das prováveis favoritas para o Mundial de 2014.

Questionada pela fraca exibição na semifinal contra a Portugal e ante uma Itália empolgada por ter derrubado a favorita Alemanha, a Espanha parecia ter o desejo de mostrar que havia um abismo entre ela e a última rival.

Com 14 minutos, já repetia o placar dos dois títulos desta geração (1 a 0 sobre Alemanha em 2008 e Holanda em 2010), graças a uma enfiada genial de Xavi para Fàbregas colocar na cabeça de Silva.

Mas a vitória magra não era suficiente. A Itália tentava em vão ameaçar. Parecia estar melhor. Só parecia.

A Espanha só esperava uma brecha. E ela surgiu quando Jordi Alba iniciou a jogada no meio de campo e saiu em disparada para receber o passe na frente e ampliar na saída de Buffon.

Aí veio quase uma etapa inteira que passava a impressão de que a final ficaria mesmo no 2 a 0. Ledo engano.

A Itália ficou com um a menos porque Thiago Motta se contundiu e o técnico Cesare Prandelli já tinha feito as três substituições. E Torres aproveitou outro passe preciso de Xavi para fazer o seu.

O centroavante do Chelsea, autor do gol do título em 2008, poderia ter feito mais um. Mas preferiu um toque de lado para Mata, seu companheiro de clube, também colocar o nome na história.

"Fomos muito superiores para falar a verdade. Desfrutamos no gramado do melhor da Eurocopa na final. Fizemos história", falou Xavi.

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