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Clube busca conquista sem ajuda

PALMEIRAS
Título da Copa do Brasil pode ser o primeiro sem parceria desde o Paulista-1976

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Marcos Assunção, 35, o jogador mais velho do elenco do Palmeiras, era um bebê com menos de mês de vida quando o clube faturou seu último título em voo solo.

Desde o Paulista de 1976, conquistado sobre o XV de Piracicaba em agosto daquele ano, todos os troféus palestrinos de primeira divisão foram obtidos por times montados (e muitas vezes administrados) por um parceiro.

Nesses quase 36 anos, teve a era de ouro proporcionada pelo regime de cogestão com a Parmalat, entre 1992 e 2000, que deu vitórias no Paulista, no Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores-1999.

Houve ainda um triunfo isolado no Estado, com jogadores despejados no clube pela empresa de marketing esportivo Traffic em 2008.

E mais nada. Ou melhor, quase nada. Já que é raro encontrar o torcedor que se orgulhe em dizer que o Palmeiras ganhou a Série B do Brasileiro em 2003. Esse título, sim, sem ajuda forte externa.

Ou seja, conquistar a Copa do Brasil vai além de encerrar um jejum de quatro anos sem um único troféu ou 12 anos sem vitórias nacionais.

O time, que inicia amanhã a final da competição contra o Coritiba, pode ser o primeiro a ser campeão em mais de três décadas e meia sem um investidor formal por trás.

O Palmeiras de 2012 conta apenas com parceiros eventuais, que injetaram dinheiro para que o clube pudesse viabilizar contratações.

O empresário Osório Furlan Jr., por exemplo, financiou o retorno de Valdivia, em 2010. Já Wesley só teve a contratação confirmada, em março, após a TokSai Sports bancar € 2 milhões da transação.

A cada entrevista sobre a busca por reforços, o gerente de futebol César Sampaio tem ressaltado que contratações de alto nível só serão possíveis se houver um investidor.

"Nenhum clube brasileiro tem hoje condições de montar um elenco forte se não tiver ajuda de fora", diz o vice de futebol, Roberto Frizzo.

Apesar de admitir que as parcerias são importantes, o diretor jurídico Piraci Oliveira nega dependência da ajuda externa. "O Barcos foi contratado com o nosso dinheiro. O Henrique também."

Ontem, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) manteve a suspensão automática a Henrique, expulso no jogo de volta da semifinal contra o Grêmio. O Palmeiras ainda busca uma liminar para poder escalar o jogador na decisão de amanhã.

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