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Susto e Vitória

Em jogo truncado, Palmeiras vence Coritiba, tem Valdivia expulso e agora pode até ser derrotado na volta que conquista 1º título nacional em 12 anos

ADRIANO WILKSON
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Palmeiras 2

Valdivia, aos 48min do 1º tempo, e Thiago Heleno, aos 19min do 2º tempo

Coritiba 0

Existem dois tipos de times campeões. Aquele que dá espetáculo, que encanta e aniquila seus adversários com um futebol ofensivo. E também o seguro, que não deixa os rivais jogarem com uma marcação rígida e que praticamente não comete erros.

O Palmeiras parece ter encontrado uma terceira via. Um modelo de se tornar vencedor que até parece mágico.

Ontem, o torcedor alviverde passou raiva com tantos erros de passe, foi ao desespero com as chances criadas e desperdiçadas pelo Coritiba. E saiu da Arena Barueri crente de que está próximo de comemorar seu primeiro título nacional em 12 anos, desde a distante vitória na Copa dos Campeões de 2000.

Sim, o Palmeiras venceu a primeira partida da decisão da Copa do Brasil: 2 a 0.

Na próxima quarta-feira, só não será campeão do torneio mata-mata pela segunda vez na história se perder por pelo menos três gols de diferença. Um novo 2 a 0, a favor dos paranaenses, levará a final para os pênaltis.

Pela primeira vez nesta edição do campeonato, o Palmeiras iniciou um mata-mata em casa. Mas parecia que o Coritiba era o mandante.

Foram os paranaenses que tomaram a iniciativa de jogo. Marcação adiantada, controle da bola, ataques rápidos.

E um adversário perdido, que dava espaço pelos lados do campo, errava passes incríveis e tinha um setor ofensivo quase inexistente.

A equipe paulista só se salvava graças a Bruno. O goleiro saiu nos pés de Junior Urso e evitou um gol que o torcedor do Coritiba já comemorava antes dos 10min de jogo. E fez outra grande defesa, pouco depois, em chute cruzado de Willian Farias.

O gol parecia questão de tempo. E foi. Mas de uma forma bastante improvável.

Foi o time que só se defendia e torcia para que o primeiro tempo acabasse que fez.

Betinho, o atacante que substituía Barcos e perdia todas as bolas para a defesa do Coritiba, foi agarrado na área.

O pênalti, alívio para a torcida que sentia o título distante tamanho o domínio rival, foi batido por Valdivia.

É verdade que o time da casa melhorou depois do primeiro gol. Mas nada que justificasse um segundo tento.

No entanto, ele aconteceu. E na jogada mais manjada possível. Falta de Marcos Assunção e uma cabeça desvia a bola para as redes. Dessa vez, foi a de Thiago Heleno.

Mas um jogo tão difícil não podia ter um desfecho fácil. E quem o complicou foi Valdivia, expulso por acertar cotovelada em Willian Farias. Agora, ele ficará fora da final e do possível título de campeão que parecia improvável.

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