Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Na final, Murray encerra jejum britânico de 74 anos

TÊNIS Quarto do mundo bate francês e decide Wimbledon contra Federer

DE SÃO PAULO

Depois de 74 anos, os britânicos voltarão a ter um representante na decisão masculina de Wilmbledon.

Andy Murray derrotou ontem o francês Jo-Wilfried Tsonga por 3 a 1 (6/3, 6/4, 3/6 e 7/5) na semifinal do mais tradicional torneio de tênis.

O último representante local a decidir o título em Wimbledon -e perder- foi Bunny Austin, em 1938. Desde então, os britânicos pararam nas semifinais em 11 oportunidades (três com Murray).

Em nenhum outro Grand Slam (os quatro torneios que formam a série mais importante do tênis) havia um período tão longo sem um tenista da casa na decisão.

Agora, Murray tenta encerrar um jejum ainda maior e contra um rival muito mais gabaritado do que Tsonga.

O último britânico a conquistar o título em Wimbledon foi Fred Perry, em 1936.

O rival de Murray será o suíço Roger Federer, que ontem bateu o líder do ranking, o sérvio Novak Djokovic, por 3 a 1 (6/3, 3/6, 6/4 e 6/3).

O triunfo de Murray terminou de maneira inusitada. Ele já havia largado a raquete e iniciava a comemoração quando viu que a bola havia sido considerada fora.

Ele pediu o desafio (replay eletrônico). Murray e Tsonga jé estavam na rede quando o telão mostrou que o britânico estava certo, já que a bola tinha beliscado a linha.

"Foi um final de jogo emocionante", afirmou o quarto do ranking mundial, que nos últimos três anos havia sido eliminado nas semifinais.

Murray, porém, disse que ainda não havia nada a comemorar. O encontro com seu técnico, Ivan Lendl (vencedor de oito Grand Slams), ilustra bem a situação. "Falei com o Ivan e ele disse: 'Bom trabalho. Você jogou muito bem. A que horas você quer treinar amanhã?'. Foi isso."

Apesar da torcida, Murray, 25, é considerado o azarão para a final de amanhã.

Federer, 30, joga sua oitava final em Wimbledon em busca de dois recordes.

Ele tenta igualar as sete conquistas de Pete Sampras, e o título também o coloca de volta no topo do ranking.

Com isso, ele chegaria a 286 semanas como número um do mundo, mesmo tempo do reinado de Sampras.

"Sempre digo, onde quer que eu esteja, que gosto de jogar com o herói local", afirmou Federer, antes da definição de seu rival na final. "E o Andy é exatamente isso aqui em Wimbledon", completou.

Ele venceu Murray nas duas vezes em que o enfrentou em uma final de Grand Slam.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.