Londres se blinda contra política

Londres se blinda para evitar que os Jogos Olímpicos, cuja abertura será no próximo dia 27, sejam contaminados por assuntos políticos.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido anunciou recentemente que alguns líderes políticos de países que sofrem sanções internacionais serão impedidos de entrar na Inglaterra.

O caso mais recente é o da Síria. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que militares que integram o governo do ditador Bashar Assad serão barrados nos aeroportos. Há 15 meses, o regime reprime violentamente a insurgência popular.

O presidente do Comitê Olímpico Sírio, Mowaffak Joma, militar e componente da base aliada de Assad, se manifestou. "Se querem banir aqueles ligados ao governo, então vão barrar todos os sírios, porque todos apoiamos o presidente Assad", disse.

O governo britânico reiterou que o veto não se estende aos atletas sírios.

O ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, que lidera o país desde 1980, não poderá ir aos Jogos. Ele é acusado de atividades que comprometem a democracia e violação dos direitos humanos.

Já o bielorrusso Alexander Lukashenko não poderá assistir ao jogo entre a seleção masculina de futebol de Belarus e o Brasil, no dia 29.

Ele é considerado o último ditador da Europa e está sob sanção da União Europeia.

Na Ucrânia, Eugenia Tymoshenko, líder da oposição, fez um apelo a David Cameron para que o presidente Viktor Yanukovych seja barrado.

Sua mãe, Iulia, ex-premiê, chegou a fazer greve de fome por supostos maus-tratos que sofreu na prisão. Por esse motivo, o governo britânico boicotou a primeira fase da Euro, na Ucrânia e na Polônia.

Já o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, afirmou que os atletas que se recusarem a competir por questões políticas ou religiosas sofrerão "punição pesada". "As delegações terão de dar explicações satisfatórias ou comprovar com exames médicos a ausência do atleta."

Com as agências de notícias