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FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

As lições da marmelada

aconteceu há pouco mais de dez anos, em maio de 2002, e elevou para sempre os patamares do desconfiômetro no paddock da F-1.

No dia 10, a Ferrari anunciou a renovação do contrato de Rubens Barrichello.

Àquela altura, soou como um alívio, uma sobrevida: foi o primeiro acordo plurianual do brasileiro com a escuderia, garantia de tempos menos incertos à frente.

Dois dias depois, Barrichello abriu passagem para Schumacher a poucos metros da linha de chegada em Zeltweg, numa das mais vexatórias marmeladas da história do esporte.

O raciocínio foi instantâneo e inevitável.

Causa e consequência. Isso explicou aquilo. Uma mão lavou a outra.

Desde então -e já escrevi neste espaço sobre esta infame "colaboração" ferrarista para a F-1-, qualquer desconfiança é pouca.

Como agora.

Dois dias após vencer pela segunda vez nesta temporada e reduzir para 13 pontos a vantagem de Alonso na liderança do Mundial de Pilotos, Webber ganhou mais um ano de contrato com a Red Bull. Um alívio, uma sobrevida.

Por mais de uma vez, Horner declarou que uma decisão estava distante, que ainda havia o que conversar. Mesmo em Silverstone, depois do GP, continuou com esse discurso.

Para Webber, o 2013 estava incerto, e ele já batia em algumas portas atrás de emprego -como a da Ferrari.

De repente, as dúvidas acabaram, tudo se resolveu. Num estalo. Com pressa.

Por quê?

Na era pré-marmelada, talvez fosse mais fácil acreditar no comunicado da equipe à imprensa, argumentando "interesse mútuo" e "decisão lógica".

Hoje, é prudente acreditar que a explicação esteja 16 pontos atrás na tabela.

Vettel, terceiro colocado, é desde sempre o queridinho da equipe, o garoto talhado para a glória, uma ótima plataforma de marketing.

Para a Red Bull, é melhor ter um Webber sob controle do que um Webber já comprometido com outro time.

Bonito não é. Mas é assim que as coisas funcionam.

Texas

NASCENDO

Com o fim do imbróglio entre os promotores e os donos do terreno em Austin, as obras para o circuito texano voltaram a ganhar ritmo. Na próxima semana, o traçado de 5,515 km recebe a primeira camada de asfalto. Em agosto, as arquibancadas começarão a ser montadas. O GP dos EUA está marcado para 18 de novembro, uma semana antes de Interlagos.

RIO

MORRENDO

Depois de alguns (ainda bem) alarmes falsos, agora é para valer: Jacarepaguá vai virar história. A pedra fundamental do Parque Olímpico foi lançada na sexta passada e as obras começarão pelo desmonte das arquibancadas. A sexta etapa da Stock Car, neste domingo, será a última prova de peso do autódromo. Deodoro? Por enquanto é só um projeto.

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