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Palmeiras nega aumento a Scolari

COPA DO BRASIL
Presidente diz que técnico não terá salário maior se decidir continuar no clube para 2013

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Luiz Felipe Scolari acabou de tirar o Palmeiras de um jejum de 12 anos sem conquistas nacionais e foi ovacionado por uma torcida que implorou por sua permanência.

Mas se optar por dirigir o time campeão da Copa do Brasil na Libertadores de 2013, o técnico terá de se contentar com seu salário atual.

Essa é a promessa do presidente Arnaldo Tirone, que descartou utilizar mais dinheiro para tentar convencer o técnico a renovar contrato para a próxima temporada.

"Não sei nem se ele vai ficar no ano que vem. Que aumento? Nunca conversei com ele de aumento e nem a diretoria pensou nisso. Não vou dar aumento", disse à Folha.

Antes, o mandatário havia afirmado que "não tem como renovar por menos" ao ser questionado sobre o assunto.

Scolari, que conquistou anteontem seu quarto título de Copa do Brasil, o segundo pelo Palmeiras, já é o técnico com maior salário do país. Mensalmente, ele recebe R$ 700 mil. Já livre de impostos.

Ainda durante a campanha que terminou com o empate por 1 a 1 com o Coritiba, anteontem, ele disse que deixaria o clube em dezembro, quando termina seu contrato.

Alegou que deseja comandar uma seleção na Copa de 2014 e que a indefinição da situação política do clube, que terá eleição presidencial em janeiro, é um entrave.

Tirone, que é pré-candidato à reeleição, também considera que incertezas sobre o futuro da diretoria dificultam a permanência de Scolari.

O mandatário lembra que o treinador, ao longo de dois anos de contrato, teve atritos com vários conselheiros. Ou seja, assinar com o Palmeiras para 2013 poderia obrigá-lo trabalhar com um chefe que ele considera como inimigo.

"Sinto que ele quer continuar. Mas tem coisas aqui que ele não gosta", falou.

O vice de futebol Roberto Frizzo foi ainda mais enfático que Tirone. "Não considero simpático deixar um compromisso longo para outra gestão. Não gosto de deixar ninguém de mãos atadas."

E pensando no planejamento para a o retorno palmeirense à Libertadores depois de três anos de ausência, o presidente estabelece um prazo para que Scolari decida qual será seu futuro.

"Por enquanto, não penso [em substitutos]. Vamos esperar dois ou três meses."

Ao mesmo tempo em que a diretoria descarta incentivos e começa a fechar o cerco ao treinador, ele dá os primeiros indícios de que pode mudar de ideia e assinar novo vínculo com o Palmeiras.

"Já venho pensando nisso há muito tempo. Não é de hoje ou há 60 dias. A sequência do trabalho é normal, eu tenho contrato. Vamos seguir em frente, no rumo normal, e deixar as coisas acontecerem. Temos uma eleição no Palmeiras e muitos jogos pela frente", afirmou o treinador, em entrevista à Band.

Scolari também ressaltou que agora o time precisa se concentrar no Brasileiro para sair da situação difícil em que se encontra no torneio.

Antepenúltimo colocado, com 5 pontos em 24 disputados, o Palmeiras tem pela frente clássico contra o São Paulo, domingo, em Barueri.

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