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Festa tem desfile pelas ruas e provocação ao Corinthians

MARTÍN FERNANDEZ
MARTÍN FERNANDEZ

O Palmeiras desfrutou ontem da alegria de ter sido campeão da Copa do Brasil, de ter o orgulho resgatado.

Às 6h45, eram apenas cinco adolescentes com a camisa do time na área de desembarque do aeroporto de Congonhas -e uma só bandeira.

Aos poucos, a onda verde tomou corpo, engrossada pelos que chegavam de Curitiba antes da delegação.

Às 7h52, quando o time chegou, ficou impossível distinguir jogadores de torcedores, tamanha a confusão, a gritaria, o hino do Palmeiras berrado como não se ouvia desde a Libertadores de 1999.

Uma hora depois, os campeões do Brasil estavam sobre um trio elétrico, aguardando a liberação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para poder desfilar pelas ruas de São Paulo.

Em cima do caminhão, cenas incomuns: jogadores tomando cerveja de manhã, o técnico Luiz Felipe Scolari abraçado ao vice de futebol Roberto Frizzo, com quem nunca se entendeu direito.

A chuva forte não atrapalhou em nada a festa. Valdivia estourava latas de cerveja como se fosse champanhe, torcedores mais agradecidos se ajoelhavam ao lado do caminhão, Betinho era saudado como jogador de seleção.

As buzinas dos palmeirenses se confundiam com as buzinas dos irritados com o tráfego causado pelo comboio -a CET fechou algumas vias durante a passagem, o que só piorou o trânsito na cidade.

O hino do clube foi tocado pelo menos 120 vezes no trajeto -e teve jogador que não conhecia os versos em Congonhas, mas já cantava de cor quando a carreata chegou a seu ponto final: a sede do clube, na Zona Oeste paulistana.

A mesma rua Turiassu que havia sido palco de conflito entre a PM e torcedores na madrugada, ontem de manhã era um lugar só de festa.

Depois que Scolari saudou os operários que trabalham na reconstrução do Parque Antarctica ("Fazem até mais pelo clube do que nós em campo"), a carreata foi para o Centro de Treinamento.

Duas hora de desfile e cerveja depois, Marcos pegou o microfone para provocar o Corinthians: "Ô gambazada, presta atenção, ano que vem não é o Boca é o Verdão".

Dentro do CT, algumas centenas de torcedores celebraram o título. Assunção disse que poderia repensar a aposentadoria, Valdivia deu a entender que fica, e Scolari aproveitou a situação para mandar um recado interno, aos que dizem que seu salário é muito alto. "O que algumas pessoas imaginam ser caro, na verdade é barato."

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