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Todos os países levarão mulheres

2012
Arábia Saudita, último a resistir à ideia, terá uma judoca e uma corredora em Londres

Daniel Marenco/Folhapress
Apresentação dos uniformes que serão usados pelo Brasil em Londres-2012. A Nike será a fornecedora do país pela 1ª vez
Apresentação dos uniformes que serão usados pelo Brasil em Londres-2012. A Nike será a fornecedora do país pela 1ª vez

DE SÃO PAULO

O COI (Comitê Olímpico Internacional) divulgou ontem que a Arábia Saudita incluirá nos Jogos de Londres-2012, pela primeira vez na história, mulheres na delegação.

A judoca Woodjan Ali Seraj compete na categoria acima de 78 kg, e Sarah Attar vai correr os 800 m no atletismo.

Elas receberam convite do COI, e o Comitê Olímpico da Arábia Saudita as confirmou.

Assim todos os comitês nacionais terão representação feminina na Olimpíada de Londres, cuja cerimônia de abertura será no dia 27.

A Arábia Saudita é um dos três países que nunca enviaram mulheres aos Jogos.

Os outros dois países, Brunei e Qatar, já haviam anunciado que incluiriam mulheres em suas delegações.

"O COI negociou com a Arábia Saudita e estou feliz em saber que nosso diálogo terminou bem", afirmou o presidente da entidade, Jacques Rogge. "O COI tem se empenhado em assegurar um maior equilíbrio entre os gêneros nos Jogos, e a notícia de hoje pode ser vista como uma evolução encorajadora."

Em abril, o presidente do comitê da Arábia Saudita, Nawaf bin Faisal, disse que não apoiava o envio de mulheres do país para Londres e pediu que o governo revisse os planos de autorizar a participação feminina no evento.

O príncipe Nayef já havia manifestado disposição para convocar mulheres para sua equipe em competições que "atendam o padrão de decência das mulheres e não são contrárias às leis islâmicas".

O aumento da participação das mulheres nos Jogos é uma das bandeiras do COI.

A pressão da entidade pela causa fez com que o Qatar convocasse a nadadora Nada Mohammed Wafa Arkaji e a corredora Noor Al-Maliki.

A inclusão delas é uma tentativa do Qatar de abrandar a falta de participação feminina no esporte, um dos pontos negativos da candidatura de Doha à sede dos Jogos Olímpicos de 2020.

Além da presença feminina nas delegações de Arábia Saudita, Qatar e Brunei, as mulheres ganharam força no movimento olímpico com a introdução do boxe feminino no programa de Londres.

Pela primeira vez as mulheres poderão competir em todos os esportes olímpicos.

Mas, ainda assim, não haverá uma equiparação do número de atletas homens e mulheres presentes nos Jogos.

Essa foi uma meta estabelecida por Rogge na 3ª Conferência Mundial sobre Mulher e Esporte, em 2004.

"Nosso objetivo final é a participação 50%-50% [de homens e mulheres nos Jogos]", afirmou o presidente do COI na ocasião.

Há quatro anos, em Pequim, havia 1.704 homens a mais do que mulheres competindo, e a taxa de mulheres era de 42,4%. Para Londres-2012, a meta é chegar próximo aos 44%.

Com as agências de notícias

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