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Adversário do Brasil, Egito aposta em veterano engajado

DE SÃO PAULO

Mohamed Aboutrika, 33, é a principal arma do Egito, primeiro rival do Brasil no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Londres.

O meia, assim como os outros dois veteranos convocados pelo técnico Hany Ramzy, atua no Al-Ahly, do Cairo.

Trata-se do clube mais popular, mais vitorioso e mais engajado politicamente do país -a maior parte de sua torcida, assim como Aboutrika, eram contra a ditadura de Hosni Mubarak.

O egípcio é uma exceção no meio do futebol. Tem um diploma universitário de filosofia, e já foi até punido por expor suas ideias.

Em 2008, após anotar um gol por sua seleção na Copa Africana de Nações, exibiu a seguinte mensagem numa camiseta: "Compaixão por Gaza". Foi repreendido pela Confederação Africana e criticado por israelenses.

Em fevereiro deste ano, Aboutrika estava em campo quando 74 pessoas morreram num conflito entre torcedores do Al-Ahly e do Al-Masry, num estádio em Port Said. Falou em se aposentar após a tragédia, mas voltou a trás.

A seleção do Egito não conseguiu se classificar para as últimas cinco edições da Copa do Mundo, e não participa de uma Olimpíada desde os Jogos de Barcelona-92.

O cenário só fez aumentar a pressão sobre o técnico Bob Bradley, técnico do time principal. "A situação política no Egito definitivamente afetou o desempenho da seleção", disse o astro ao site da Fifa.

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