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Desinteresse mina planos de treinador

PALMEIRAS Scolari admite que esperava propostas depois da Euro

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Dois anos atrás, quando assinou com o Palmeiras e voltou ao Brasil depois de oito temporadas trabalhando no exterior, Luiz Felipe Scolari tinha um plano: dirigir uma seleção na Copa-2014.

Hoje, admite, o objetivo está mais distante. Falta quem queira ajudá-lo a cumpri-lo.

"Eu imaginava que depois da Euro, algumas seleções manifestariam interesse em mim. Mas não recebi propostas, embora os jogos de classificação para o Mundial comecem em setembro", falou.

Duas das principais equipes europeias demitiram treinadores após a competição, encerrada no começo do mês.

Mas ambas anunciaram novos comandantes antes de Scolari ganhar a Copa do Brasil com o Palmeiras, na última quarta-feira, e levantar seu primeiro troféu desde que retornou ao futebol nacional.

A Holanda fechou com Louis van Gaal, ex-Ajax, Barcelona e Bayern de Munique, entre outros. E a França acertou com Didier Deschamps, ex-volante campeão do mundo como jogador em 1998.

O desejo de trabalhar na próxima Copa é um dos dois principais entraves à continuidade de Scolari no Palmeiras para a Libertadores.

O outro é a política. O treinador teme ter de trabalhar em 2013 com uma diretoria com a qual não se entende, já que o clube fará eleições presidenciais em janeiro.

Até por isso, ele anunciou ainda durante a Copa do Brasil que deixaria o time em dezembro, quando termina o contrato. Após o título, afrouxou o discurso e disse que o tempo e os resultados definirão qual será o seu futuro.

"Ganhamos um campeonato. Mas, se perdermos domingo, a coisa já será diferente. Temos que esperar passar os jogos. Ganhar e perder para ver como vai ser", afirmou.

Apesar de não confirmar que irá renovar o contrato - nem se irá cumprir o atual até o fim-, Scolari disse que ele é que começará a montar o elenco para a Libertadores.

Segundo o treinador, a obrigação dele e da diretoria é ignorar o que vai acontecer no futuro e elaborar um plano para que o time entre forte na próxima temporada.

Antes, há a necessidade de evitar que um desastre manche o ano em que o Palmeiras voltou a ser campeão.

Para sair da antepenúltima posição e da zona de rebaixamento no Brasileiro, o técnico cobrou que os jogadores esqueçam o clima de festa dos últimos dias e encarem o clássico de domingo, contra o São Paulo, com seriedade.

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