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Fifa

Havelange tem que ser destituído, diz Blatter

Sob pressão, dirigente suíço endurece críticas

DE SÃO PAULO

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, 76, resolveu endurecer o teor dos comentários sobre os subornos de R$ 45,5 milhões que Ricardo Teixeira e João Havelange receberam da agência esportiva ISL para facilitar a negociação de contratos da Copa do Mundo.

O atual mandatário da entidade cobrou o afastamento de Havelange, seu antecessor no cargo, da posição de presidente honorário da Fifa.

"Ele precisa partir. Não pode continuar depois desses incidentes", disse Blatter ao jornal suíço "SonntagsBlick".

Na mesma entrevista, o cartola suíço afirmou que só tomou conhecimento dos pagamentos depois da falência da empresa parceira em 2001.

O escândalo foi escancarado na última quarta, com a publicação de documento da Justiça suíça que lista 30 pagamentos aos brasileiros de 1992 a 2000, quando Havelange presidia a Fifa e Teixeira fazia parte da cúpula.

Após a liberação dos documentos, Blatter, presidente da entidade desde 1998 e secretário-geral durante grande parte da época dos subornos, declarou que sabia que a ISL pagava comissões, mas que, na época, os pagamentos não configuravam crime.

O mandatário também falou na ocasião que não se "pode julgar o passado com base nos padrões de hoje".

Blatter enrijeceu sua posição depois que a Comissão Europeia pediu, há três dias, explicações ao presidente sobre seu papel no escândalo.

"Para mim, suborno é inaceitável, e nem o tolero nem tento justificá-lo. Mas é disso que sou acusado", afirmou.

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