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Cidade ganha R$ 63 mi para receber CTs

Base do judô brasileiro abriga 250 atletas de 10 países e 8 esportes

EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A SHEFFIELD

Além de ser o principal local de concentração de atletas brasileiros na Inglaterra, com exceção de Londres, Sheffield é base de 250 competidores olímpicos de dez países e de oito modalidades.

A cerca de duas horas e 40 minutos de trem da capital e com população superior a 500 mil pessoas, a cidade industrial de Sheffield arrecadou, no último ciclo olímpico, cerca de 20 milhões de libras (R$ 63,4 milhões) na esteira dos Jogos de Londres.

Quem anda por Sheffield, onde foi fundado o time mais antigo do mundo e que em 1991 acolheu a Universíade, raramente encontra referências aos Jogos. Mas pode esbarrar num atleta olímpico.

É a casa provisória da equipe de saltos ornamentais dos EUA, de seis seleções de ginástica (Rússia, Japão, Coreia, Azerbaijão, Uzbequistão e Cazaquistão), além do boxe e do judô britânico e do nado sincronizado canadense.

Não é exagero dizer que o cenário do filme "Tudo ou Nada" registra uma das maiores concentração de olímpicos.

Um em cada sete atletas da delegação britânica atual despontou, treinou ou fez a sua preparação em Sheffield.

Segundo Gary Clifton, 44, gerente de eventos esportivos em Sheffield, não é preciso ter instalações de ponta para atrair seleções olímpicas. "Veja o caso do judô. Não é difícil ter um espaço grande o suficiente para acomodar dois tatames onde os judocas possam treinar", diz.

"Tão importante quanto o equipamento é o serviço. Proporcionar a comida a que os atletas estão acostumados, ter à disposição um lugar tranquilo, onde possam correr, se exercitar, com um hotel próximo, sem trânsito."

Logo depois que Londres ganhou o direito de organizar os Jogos, Sheffield pediu uma cópia das exigências que o COI fez à capital britânica e as adaptou à sua capacidade.

"Cidades pequenas podem ser centros de treinamento, especialmente para futebol, judô, tênis de mesa, badminton, boxe, esgrima, basquete e vôlei, cujas instalações esportivas são muito comuns."

Mas num país de proporções continentais, como o Brasil, sede da próxima Olimpíada, conforto e praticidade passam pela infraestrutura aeroportuária. Trata-se de um dos gargalos a ser enfrentado para os Jogos e, especialmente, para a Copa do Mundo.

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