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Turismo

CBF vai levar 11 presidentes de federações e acompanhantes a Londres a um custo de
R$ 1 milhão

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Pelo menos 22 convidados da CBF vão embarcar para Londres com a tarefa de só torcer pela conquista da inédita medalha de ouro olímpica da seleção brasileira.

A partir de amanhã, 11 presidentes de federações estaduais viajarão para a capital inglesa com todos os custos bancados pela confederação que é comandada por José Maria Marin desde março.

No pacote do chamado "voo da alegria", os cartolas poderão levar um acompanhante, ficar hospedado no exclusivo hotel que serve de concentração ao time de Mano Menezes e assistir aos jogos nos estádios.

Eles também devem ter acesso aos treinos no Centro de Treinamento do Arsenal e passeios pela capital inglesa. A maioria do convidados ficará 21 dias em Londres.

O custo da operação é mantido em sigilo, mas deve ficar próximo de R$ 1 milhão. Um pacote duplo com nível semelhante custa cerca de R$ 60 mil por pessoa por 18 dias em Londres, no mesmo período.

Os dirigentes ficarão hospedados no Sopwell House Hotel, uma das mais charmosas hospedarias dos arredores da cidade de Londres. O hotel está instalado numa residência georgiana, com 12 hectares de jardins e um spa de temática japonesa.

"Estou animado. Vai ser a primeira vez que vou visitar a Inglaterra. Espero que a seleção tenha sorte lá também", afirmou o presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido também como coronel Nunes.

Ele embarca na tarde de amanhã ao lado de sua mulher. Comandando a federação paraense há 20 anos, o dirigente fará duas escalas antes de chegar a Londres.

De Belém, ele vai para Fortaleza. Em seguida, o coronel e sua mulher seguirão para Lisboa. Depois de chegarem à capital portuguesa, a dupla pegará um voo que finalmente os deixará em Londres.

Nunes foi um dos principais aliados de Marin quando Ricardo Teixeira deixou o poder após ceder a pressão do governo federal e da Fifa.

Desde que chegou à CBF há quatro meses, ele abriu os cofres da entidade. O atual mandatário aumentou o seu próprio salário (pulou de R$ 98 mil para R$ 160 mil mensais) e o de vários funcionários. Apesar de ter renunciado, Teixeira continua a receber da CBF. Ele ganhou até um aumento de Marin. O ex-presidente ganha R$ 120 mil mensais para dar "consultoria" ao atual presidente.

Além do paraense, os presidentes das federações do Amapá, Pará, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro estão na excursão.

"O Marin está indo muito bem. Ele é uma pessoa mais aberta, vem da vida política. Estou gostando dele", afirmou o presidente da federação Amazonense de Futebol, Francisco Dissica.

O cartola completa neste ano 20 anos no poder no Amazonas e embarca também amanhã para Londres.

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