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Só a passeio Seleção faz rápida visita à Vila Olímpica, mas Mano descarta time próximo às 'tentações' do lugar MARTÍN FERNANDEZENVIADO ESPECIAL A LONDRES Durou uma tarde o espírito olímpico da seleção brasileira de futebol. Isolado num hotel a 40 quilômetros do centro de Londres, o time visitou a Vila Olímpica ontem. Ao fim do passeio, o capitão Thiago Silva e o técnico Mano Menezes descartaram qualquer possibilidade de a seleção se hospedar perto de outros milhares de atletas. "No futebol, nós discutimos muito sobre a concentração e ainda não estamos convencidos de que é possível abrir mão dela", disse o treinador. "Ou já concluímos que não é possível abrir mão." O zagueiro afirmou que "seria difícil" ficar na Vila Olímpica. "No nosso esporte, descanso é tudo, e aqui a gente iria sair, andar." Thiago Silva é um poucos remanescentes do time que ganhou o bronze na Olimpíada de Pequim. E lembra com desgosto da experiência de quatro anos atrás. "Foi complicado", declarou. Nos Jogos de 2008, a seleção dividiu um hotel em Shenyang com outras seleções, numa espécie de Vila Olímpica do futebol. Depois, quando chegou à semifinal (acabou derrotada pela Argentina), foi para a Vila mesmo, em Pequim. Agora, nos Jogos de Londres, a situação até pode se repetir, caso o Brasil alcance mais uma vez as finais. Mas Mano Menezes deixou claro ontem de que não gostaria. "É só uma possibilidade, que vai obedecer critérios de segurança e deslocamento", comentou. Ao fim da entrevista, repetiu que preferia se manter longe das "tentações" oferecidas pela Vila. Ontem, a mais disputada dessas tentações foi a vasta praça de alimentação, com McDonald's de graça. "O Danilo e o Alex Sandro se espantaram com o tamanho do refeitório", contou Thiago Silva. "Todo mundo parou para uma boquinha", confirmou Mano Menezes. O Brasil está há uma semana trancado num hotel com spa e campo de golfe, sem nada da agitação olímpica. O cenário mais lembra o da Copa América do ano passado, quando a seleção se refugiou num resort a cerca de 70 quilômetros de Buenos Aires. A alimentação do time está a cargo do chefe baiano Arthur Nascimento, radicado em Paris há mais de 30 anos. A CBF trouxe para Londres dezenas de quilos de arroz, feijão e farinha, para garantir que não falte "comida brasileira" para os jogadores. A visita de ontem também teve tietagem, compras na loja oficial da competição e assédio dos outros atletas sobre Neymar. "Consegui tirar umas fotos com a Daniele Hypólito", contou Mano. "É importante que a gente venha aqui, ainda que por pouco tempo, para que todos tenham a noção da grandeza dos Jogos Olímpicos." No fim da tarde, a seleção subiu no ônibus e voltou para sua concentração. A próxima parada é em Cardiff, no País de Gales, onde o time enfrenta o Egito na quinta-feira, na estreia do olímpico torneio de futebol. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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