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Juca Kfouri

Londres amiga

Londres surpreendeu na chegada, mas Nuzman fez a Havelange o elogio dele esperado

FOLGO EM ANUNCIAR que a manhã de ontem na capital inglesa foi ensolarada e calorosa. E que a chegada, no sábado, não poderia ter sido mais amigável e organizada.

Ao sair do corredor que liga o avião ao aeroporto já encontramos uma voluntária com o cartaz "Brasil". Ela nos esperava na expectativa de que entre atletas, dirigentes e jornalistas fosse orientar quatro patrícios.

Na verdade acabaram sendo 16, uma diferença que não fez a menor diferença e não tirou o sorriso do rosto da nossa guia, que nos levou até os guichês especiais da chamada família olímpica.

Entre sair do avião, carimbar os passaportes e plastificar as credenciais que já tínhamos em mãos não levou mais que cinco minutos, três vezes menos que os 15 para a chegada da bagagem da esteira às nossas mãos.

A saída do aeroporto para o subterrâneo que nos levaria ao trem expresso e franqueado também foi devidamente instruída já por outro voluntário, que nos indicou onde descer e o que fazer para ser levado, de táxi, também de graça, aos respectivos hotéis ou para a Vila Olímpica.

Onde poderia haver um erro, pegar, por exemplo, a saída da esquerda e não da direita na estação, tinha voluntário perguntando o destino de cada um e indicando o caminho. Uma criança de cinco anos não se perderia na chegada à sede e a sensação foi a de que mais um pouco nos poriam no colo.

Para terminar a surpresa de quem esperava ficar duas horas entre passar pela polícia e se credenciar, e não levou mais de 20 minutos para estar no trem, o trânsito estava uma beleza por volta das 15h do sábado inglês, sem chuva e com temperatura de 20° C.

É bem provável que pelo fato de ser meio de tarde de um fim de semana a experiência tenha sido muito particular e não possa ser generalizada. Mas que foi de tirar o chapéu, lá isso foi.

Ou pendurar medalha.

Já Carlos Nuzman não surpreendeu.

Ao classificar Juan Samaranch e João Havelange como os dois maiores cartolas do século 20, nosso imperador Carlos I, e único a dirigir um comitê olímpico nacional e o organizador de uma Olimpíada em seu país, merece o elogio pela lealdade e a constatação de que os joões espanhol e brasileiro são os paradigmas dele, com métodos parecidos aos que causaram os escândalos de Salt Lake City e da ISL.

Resta saber quando pisará em falso, tão inevitável como a mudança do clima em Londres.

blogdojuca@uol.com.br

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