Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Brasil troca Marinha por empresa dos EUA na meteorologia

VELA
Americanos pretendem antecipar condições do mar em 24 horas e ajudar atletas a traçar estratégias

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Modalidade que mais conquistou medalhas para o Brasil na história olímpica, a vela vai contar com uma ajuda norte-americana em Londres.

O COB contratou a Weather Commander's para fazer um mapeamento meteorológico aos atletas nacionais. Até então, o trabalho era realizado pela Marinha do Brasil.

Dois funcionários da empresa dos EUA desembarcarão amanhã na Inglaterra para definir junto com os velejadores brasileiros as estratégias durante as regatas.

Há dois anos, eles estão monitorando a raia de Weymouth para as provas.

O trabalho dos norte-americanos pretende antecipar para os atletas as condições do mar (vento, marés, chuvas etc.) nos dias das regatas por pelo menos 24 horas.

A Weather Commander's tem um sofisticado esquema de boias na raia inglesa, que transmite as informações a cada hora para um satélite. De lá, os dados são mandados para a equipe brasileira.

"Com isso, já temos as informações da raia dos últimos anos. Para os Jogos Olímpicos, vamos ter a orientação do vento, a variação das marés e até a previsão de uma mudança nas condições climáticas durante a prova", afirmou Jorge Bichara, responsável pela equipe de ciência do esporte do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

"A Marinha sempre nos deu bom suporte, mas entendemos que o serviço da empresa norte-americana seria melhor agora", acrescentou.

A Weather Commander's é uma empresa especializada em previsão do tempo para competições náuticas.

Ela dá suporte também para a equipe britânica na Olimpíada e a alguns times que participam da America's Cup, a mais tradicional competição oceânica do planeta.

A vela é uma das principais esperanças da delegação brasileira nos Jogos de Londres.

Em toda a história olímpica, a modalidade conquistou 16 medalhas para o país.

Além disso, o velejador Robert Scheidt pode se tornar o maior medalhista olímpico do país. O atleta tem dois ouros e duas pratas. Atualmente, o líder é o também velejador Torben Grael, que soma cinco medalhas (duas de ouro e três de bronze). Grael não disputa os Jogos de Londres. Por falta de patrocínio, ele desistiu de buscar a vaga para a Olimpíada. Já Scheidt é favorito na classe star. As provas começam no domingo.

Fora da classe star, o Brasil tem chance de ouro com Ricardo Winicki, o Bimba. Ele vai competir na classe RS:X, semelhante ao windsurfe.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.