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Na 1ª gafe diplomática dos Jogos, comitê erra bandeira norte-coreana

FUTEBOL
Jogadoras voltam para o vestiário ao ver pavilhão sul-coreano no placar do estádio

DOS ENVIADOS A LONDRES

A seleção de futebol da Coreia do Norte entrava em campo para a estreia na Olimpíada quando a bandeira da rival Coreia do Sul surgiu no telão do estádio em Glasgow.

As jogadoras deram meia-volta, foram para o vestiário e se recusaram a voltar.

Temia-se que decidissem não enfrentar mais a Colômbia. Que o país pudesse até tomar medidas mais drásticas, como sair dos Jogos.

As televisões do centro de imprensa de Londres mostravam o estádio vazio. Os assessores do comitê organizador corriam atrás de respostas.

Mas, após muita negociação e mais de uma hora depois do horário previsto, a partida finalmente começou. E o comitê organizador divulgou uma nota envergonhada:

"Claramente foi um erro. Nós nos desculpamos com o time e com o comitê olímpico nacional. Vamos cuidar para ter certeza de que isso não vai acontecer de novo".

Antes de as atletas retornarem ao campo para pegar a Colômbia (e vencer por 1 a 0), a bandeira da Coreia do Norte foi exibida nos telões.

A gafe foi o primeiro incidente grave dos Jogos londrinos, que flertam com problemas com questões políticas.

Os organizadores sofrem pressão para colocar na cerimônia de abertura, amanhã, um minuto de silêncio em homenagem ao aniversário do atentado de Munique-1972.

Naquele ano, terroristas invadiram a Vila Olímpica e mataram 11 israelenses.

Para tentar reduzir a pressão, na segunda-feira, o Comitê Olímpico Internacional fez uma homenagem aos mortos na Vila Olímpica de Londres. Foi a primeira vez que o COI fez tal gesto.

A entidade se esforça para manter questões políticas afastadas dos Jogos. Mas o evento na Inglaterra é um potencial foco de tensões.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido anunciou recentemente que alguns líderes políticos de países que sofrem sanções internacionais serão impedidos de entrar na Inglaterra.

Um dos casos é o da Síria, que pode ter barrados militares do governo do ditador Bashar Assad. Há 15 meses, o regime reprime violentamente a insurgência popular. O ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, não poderá assistir aos Jogos em Londres.

O COI também havia ameaçado com punições atletas que se recusassem a competir por questões políticas. No passado, iranianos já abandonaram torneios para não enfrentar israelenses. Nestes Jogos de Londres, porém, o Irã deve permitir os embates.

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