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Nuzman vira eterno no COI e pede novo brasileiro para a antiga vaga

Presidente do COB se torna membro honorário e perde direito a voto no órgão internacional

DO ENVIADO A LONDRES

O COI (Comitê Olímpico Internacional) planeja ter um novo brasileiro na sua assembleia para manter a representatividade do país no órgão.

Atualmente único membro nacional no comitê, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, deixará de ser ativo ao final de 2012 por ter completado 70 anos em março. Assim, perde o direito a voto e a estar em comissões como as de organização dos Jogos.

Em compensação, ontem, o brasileiro foi nomeado membro honorário do COI.

O que significa que, em vez de deixar o organismo com o aniversário, ele terá o direito de permanecer no comitê até morrer. Poderá participar de reuniões e manter contatos com membros da assembleia.

"Você continua a conviver diretamente com os membros. É importante em meio às questões da Olimpíada de 2016", afirmou Nuzman, que se disse honrado por ser nomeado por unanimidade.

O objetivo inicial do cartola, na verdade, era estender seu mandato como ativo. Por isso, ele e outros dirigentes, como Mario Vasquez Raña, tentaram acabar com a regra de aposentadoria compulsória aos 70 anos em 2011.

Mas o presidente do COI, Jacques Rogge, barrou esse lobby dos veteranos por ser essa uma medida saneadora proposta após o caso de corrupção dos Jogos de Inverno de Salt Lake City-2002.

A cúpula do comitê, no entanto, entende que o Brasil agora ficou sem representação, já que João Havelange deixou a entidade alegando problemas de saúde. Fez isso às vésperas da revelação do escândalo da ISL/Fifa.

Assim, a intenção do comitê é que um outro brasileiro atinja a sua assembleia no futuro, como ocorre com todos os países com movimento olímpico forte. Além disso, é levado em conta o fato de os próximos Jogos serem no Rio.

Nuzman também quer um novo brasileiro no COI, mas não quer falar em nomes.

"Tem tempo. Acho importante que tenha outro. Vamos ver", afirmou o chefe do COB.

Com Nuzman, foram nomeados membros honorários Francisco Elizalde e Alpha Ibrahim Diallo, que também se aposentariam no final deste ano. Outros dois perderam lugar na entidade, Raña e Francesco Bitti.

Entraram no lugar deles cinco novos membros eleitos para o COI. Entre eles, está o ex-corredor Frank Fredericks, da Namíbia, medalha de prata em quatro corridas olímpicas de 100 m e 200 m.

Ele ocupava antes cargo na comissão de atletas, que lhe dava assento no Conselho-Executivo da entidade.

Houve rotação nos principais organismos do comitê.

(RODRIGO MATTOS)

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