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Dilma evita projetar medalhas, mas cobra esportes individuais

No quadro geral, vitórias coletivas registram apenas uma conquista; governo anunciará novo plano de incentivo

Sergio Moraes/Reuters
Dilma posa com atletas brasileiros no centro de treinamento de Crystal Palace
Dilma posa com atletas brasileiros no centro de treinamento de Crystal Palace

LEANDRO COLON
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

No dia da abertura dos Jogos de 2012, a presidente Dilma Rousseff optou pela diplomacia. Cobrou melhor desempenho nas modalidades individuais, mas evitou fazer projeção de medalhas.

Em Londres desde quarta, Dilma assistiu à abertura no Estádio Olímpico com a filha, Paula, pouco depois de participar de um coquetel oferecido pela rainha Elizabeth 2ª no Palácio de Buckingham.

Em entrevista coletiva pela manhã, Dilma não quis causar um mal-estar público com o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, ao ser questionada sobre medalhas.

Preferiu deixar a cobrança com o ministro Aldo Rebelo (Esporte), escalado por ela nos últimos dias para dizer que, em razão dos recursos investidos pelo governo, há uma expectativa de mais medalhas, cerca de 20, do que prevê o COB, 15 no total.

A presidente preferiu este estilo público mais sereno porque tem se encontrado com Nuzman em eventos em Londres, como ontem na visita a atletas no Crystal Palace e na inauguração na quinta da Casa Brasil, espaço que promove os Jogos no Rio.

"A minha expectativa está em aberto, porque eu acho que o desafio, numa Olimpíada, é buscar o maior número possível", afirmou a presidente. "Eu entendo que o ministro Aldo tenha de colocar suas metas." Ela confirmou que, em agosto, o governo anunciará novo plano de incentivo a atletas olímpicos. Em troca, metas devem ser estabelecidas ao COB.

Apesar de evitar falar em número de medalhas, a presidente deu um recado: a delegação brasileira precisa buscar melhores resultados nas modalidades individuais, para compensar as vitórias coletivas que, na contabilidade oficial dos Jogos, registram apenas uma conquista.

Ela avisou que não pretende assistir hoje a competições. Brincou que prefere vê-las pela televisão. "Eu sempre fui míope, eu vejo mais de perto pela televisão. Não irei assistir em campo porque não enxergo direito", disse.

Dilma disse que esses dias em Londres contribuíram para entender um pouco mais sobre a organização de 2016. "Nós vemos todos os desafios que é manter o trânsito funcionando, os turistas chegando e a população continuando a viver na cidade."

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