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Equipe de Bernardinho busca volta do prestígio

VÔLEI Vinda de pior colocação na Liga, seleção estreia ante Tunísia

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

Os papéis se inverteram. Temida por seus adversários durante praticamente uma década, a seleção masculina de vôlei inicia hoje sua trajetória em Londres já fazendo os cálculos para evitar um confronto prematuro com a Polônia, sua maior carrasca nesta temporada, ou a Itália.

Os dois times europeus são favoritos a avançar às quartas de final como os melhores colocados do Grupo A, chave de onde sairá o primeiro rival brasileiro nas finais caso o time de Bernardinho não passe um vexame.

"Queremos conseguir a melhor classificação possível. O ideal é fugir de qualquer maneira da Polônia e da Itália nas quartas de final", afirmou o comandante.

A meta é duríssima. O Brasil faz parte do grupo da morte, que também conta com os atuais campeões olímpicos (EUA), da Copa do Mundo (Rússia) e da Europa (Sérvia).Completam a chave a Alemanha, décima do ranking, e a Tunísia, grande candidata a saco de pancadas do grupo.

Os quatro primeiros avançam às quartas de final. "Há cinco fortes candidatos para quatro vagas", declarou, preocupado, Bernardinho.

Na estreia, hoje, às 18h (de Brasília), o Brasil terá pela frente justamente o adversário mais frágil do grupo. A ordem é não deixar escapar pontos para os tunisianos.

"Rússia e EUA são os maiores rivais [do grupo]. Mas, agora, nosso foco é na Tunísia. Não interessa se é o time mais fraco. Cada jogo tem que ser visto como final", afirmou o levantador Bruno.

Para o time de Bernardinho, um bom desempenho na primeira fase, diante de adversários gabaritados, pode servir para recuperar o respeito recém-perdido diante dos rivais mais poderosos.

"Se algumas equipes estão achando que nossa época acabou, temos que vir com tudo na primeira fase e mostrar que estamos na briga por uma medalha", disse Bruno.

Há três semanas, o Brasil teve a confiança abalada após encerrar a Liga Mundial com o pior resultado de sua história: um modesto sexto lugar.

Desde que Bernardinho chegou à seleção masculina, em 2001, esta foi apenas a segunda vez que o Brasil ficou fora do pódio em um torneio.

Curiosamente, a outra foi às vésperas da Olimpíada passada -a equipe ficou na quarta colocação na Liga Mundial preparatória para os Jogos de Pequim, em 2008.

"O início em Pequim não foi muito diferente do daqui. Com a derrota em casa na Liga Mundial, havia um certo ceticismo em relação a nossa caminhada", lembra Bernardinho, que encerrou os Jogos passados com a prata.

"A nossa única obrigação é fazer o nosso melhor. Não podemos sair de Londres com a sensação de que poderíamos ter feito mais", concluiu.

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