Time que não faz gol é problema do Santos contra a Ponte Preta

Ouvir um técnico do Santos se lamentar que seu time não marca gols era algo inimaginável desde 2010, quando Neymar explodiu como estrela e ataque da equipe alvinegra passou a ser considerado o melhor do Brasil, com números comprovando isso.

Sem a estrela, servindo a seleção na Olimpíada de Londres, e perdendo outros jogadores em negociações (Borges, Alan Kardec, Renteria), o ataque degringolou.

Não marcou nas quatro últimas partidas, não por coincidência quando Neymar se apresentou à seleção brasileira. É também o pior setor ofensivo do Campeonato Brasileiro após 12 rodadas disputadas, com sete gols, junto com a Portuguesa.

Bem diferente do time que fez 58 no Paulista de 2012, há pouco menos de três meses.

Por isso, para enfrentar hoje a Ponte Preta, na Vila Belmiro, Muricy Ramalho focou no trabalho ofensivo.

Na zona do rebaixamento com 10 pontos, a vitória hoje é tratada como obrigação e o ataque precisa funcionar, mesmo sem Neymar e com jogadores em campo que estão se adaptando ao clube, como Bill, ex-Corinthians e que estreou na derrota para o Atlético-MG, 2 a 0.

Apesar de não ter marcado, e ter jogado praticamente sem participar de coletivos, Bill foi elogiado pelo chefe.

"Ele brigou bastante, é um jogador que faz o papel de pivô bem feito, mas falta aproximação e foi só o primeiro jogo dele. Com o entrosamento, vai melhorar", disse o treinador santista.

A falta de opções fica escancarada quando se percebe que contra o Atlético-MG Muricy Ramalho fez apenas uma alteração, apesar de estar perdendo a partida, quando os treinadores costumam usar as três substituições a que têm direito.

"Não quis queimar jogador. Em jogo difícil como aquele você acaba queimando jogadores", disse.

O clube procura reforços para o ataque. Rafael Moura, do Fluminense, foi procurado, mas a negociação com o clube carioca está empacada.