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Escassez de transporte faz vôlei noturno esvaziar

DA ENVIADA A LONDRES

Nos dois primeiros dias de Olimpíada, o vôlei foi um dos esportes com maior sucesso de público. Praticamente todas as partidas lotaram o Earls Court, que tem capacidade para 15 mil pessoas.

Mas a escassez de transporte público no fim da noite na área do ginásio pode comprometer a lotação dos jogos do Brasil. Sete dos dez duelos das seleções masculina e feminina na primeira fase começam no último horário, às 22h (18h de Brasília).

Ambas já foram vítimas desse esvaziamento.

Ao entrar em quadra anteontem, o Brasil foi recebido pelo menor público do vôlei até agora: 8.000 pessoas. Era a estreia das atuais campeãs olímpicas, contra a Turquia.

Durante a partida, os clarões nas arquibancadas foram aumentando. Torcedores deixavam o ginásio temendo não encontrar um meio para voltar para casa.

Ao fim do duelo restava apenas cerca de um terço do público. O jogo acabou por volta da 0h45 local.

O fenômeno de abandono precoce de lugares voltou a acontecer ontem, no primeiro jogo do time masculino.

O ginásio, fora da região central de Londres, é ligado a duas estações de metrô. O último trem de cada linha saía à 0h43 e 0h56. Se o ginásio estivesse cheio, os trens não seriam suficientes para comportar todos os 15 mil torcedores de volta para suas casas. Ônibus eram escassos.

A Federação Internacional de Vôlei informou que avalia o problema e que pretende encontrar uma solução com o comitê organizador.

O horário avançado dos últimos jogos é um tormento até mesmo para as equipes.

Anteontem, o técnico José Roberto Guimarães queixou- -se do fato de que suas atletas iriam ter que jantar de madrugada e só dormiriam por volta das 4h.

(MARIANA BASTOS)

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