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Brasileiras pegam EUA, país sem liga profissional

VÔLEI Segundo técnico da seleção, adversárias são favoritas ao ouro

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

O técnico da seleção brasileira José Roberto Guimarães não se cansa de dizer: "Os EUA estão um nível acima das outras equipes e são os grandes favoritos ao ouro".

Hoje, às 12h45 (de Brasília), os dois times, forjados em bases bem distintas, voltam a se enfrentar numa Olimpíada.

Em Pequim-08, o Brasil bateu os EUA na final e obteve seu primeiro ouro olímpico no vôlei feminino. Mas os papéis se inverteram. Com a conquista dos últimos três Grand Prix, as americanas se consolidaram como a principal força do vôlei feminino.

E, diferentemente do Brasil, que conta com a Superliga, nos EUA, as principais jogadoras não dispõem de um liga nacional profissional.

"Nos EUA, só temos campeonatos universitários. Há uma grande diferença no nível do vôlei jogado nos dois países. A Superliga é muito forte. Fiquei impressionado com o nível, com a organização, com o apoio da torcida", disse Hugh McCutcheon, técnico do time americano.

Três de suas maiores jogadoras já passaram pela liga brasileira. Uma delas é Destinee Hooker, campeã da última Superliga pelo Osasco. A oposto é considerada por Zé Roberto uma das três melhores atacantes do mundo.

A outra é Logan Tom, que iniciou sua trajetória profissional no Minas, em 2002. "Se você é americana e quer jogar vôlei profissionalmente, tem de sair do país", conta a ponteira, que deve voltar ao Brasil na próxima temporada.

Mesmo com tantos títulos e com a prata obtida em Pequim, Logan diz que não tem o mesmo status que outras estrelas do esporte americano.

"Sou mais reconhecida em outros países do que nos EUA. É totalmente diferente do Brasil, onde as jogadoras são famosas e dão autógrafos. Não há problemas por exemplo se eu andar de pijama na rua."

Reserva dos EUA, a veterana Danielle Scott, 39, foi a que mais tempo passou no Brasil. Já disputou seis temporadas na Superliga e sabe até falar português.

Não muito bem, mas o suficiente para demonstrar respeito pelas atuais campeãs olímpicas apesar de os EUA terem vencido praticamente todos os duelos entre as equipes no último ano.

"Não dá para pensar que o Brasil está num mal momento. Se pensarmos assim, já perdemos o jogo", afirmou.

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