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Nos 100 m, Cielo precisa 'fugir' de australiano

NATAÇÃO Brasileiro faz plano para bater rival, que ontem fracassou

DA ENVIADA A LONDRES

Vai ser como brincar de pega-pega, e a única opção que resta a Cesar Cielo é fugir.

O brasileiro estreia amanhã nas eliminatórias dos 100 m livre, às 6h (de Brasília). Prova incômoda até mesmo para um campeão mundial. Seus tempos não têm sido bons, os resultados, idem.

Mas, se tinha na cabeça a ideia de que James Magnussen era um adversário quase imbatível na prova, o nadador brasileiro deve ter adquirido mais confiança após a final do 4 x 100 m livre, ontem.

O australiano não só teve desempenho aquém do esperado como ficou fora do pódio. A França levou o ouro. Os Estados Unidos, a prata. A medalha de bronze ficou com a equipe da Rússia.

MELHOR MARCA

Dono da melhor marca do ano nos 100 m livre (47s10), Magnussen abriu o revezamento com 48s03 e foi superado pelo norte-americano Nathan Adrian (47s89).

O melhor tempo do brasileiro na temporada é 48s28.

Nos Jogos de Pequim, em 2008, ainda na era dos supermaiôs, Cielo marcou 47s67 para conquistar o bronze nos 100 m livre. Dias depois, ganharia o ouro nos 50 m.

Para encarar o desafio em Londres, Cielo traçou parte de sua estratégia baseada no melhor tempo do adversário. E em uma característica que é o pesadelo do brasileiro na prova: o atleta australiano nada muito melhor os últimos 50 metros da piscina.

"Ele [Magnussen] não gera muita velocidade, passa atrás nos primeiros 50 metros, mas, na altura dos 75/80 metros restantes, já está junto e vai embora. E os rivais estão cansados", avalia o técnico brasileiro Alberto Silva, o Albertinho.

OUTRA METADE

Cielo tem como ponto forte exatamente o oposto de Magnussen.

Mais rápido do mundo nos 50 m livre, campeão olímpico e recordista mundial, ele pena para nadar a segunda metade dos 100 m com mesma velocidade e eficiência.

Por isso, ele e Albertinho montaram uma estratégia para não deixar Magnussen pegá-lo no fim da disputa.

"Cesar tem que passar de dois a três décimos de segundo à frente do James. Se o cara conseguir tirar a vantagem, a decisão vai ser na batida de mão. O Cesar não pode dar margem [para James encostar na volta]", explica.

Mas o revezamento de ontem pode ter mostrado novos caminhos. E que podem haver mais candidatos às medalhas na final de quarta-feira.

Franceses, norte-americanos, russos e, ainda, os australianos reforçaram que têm bons nomes na prova.

E Cielo pode chegar perto deles. Para tentar fazer como em 2008. Deixar a posição de azarão e ganhar a medalha.

(MARIANA LAJOLO)

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