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Derrota põe Brasil na mira das campeãs do mundo

FUTEBOL
Seleção joga mal e agora terá de enfrentar o Japão nas quartas

LEANDRO COLON
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Um bronca pública do treinador Jorge Barcellos após o jogo, ainda no gramado do estádio de Wembley, simboliza o clima da seleção feminina pela derrota por 1 a 0 ontem para a Grã-Bretanha.

Com o resultado, o time de Marta e Cristiane vai pegar nas quartas de final as japonesas, campeãs mundiais e uma das favoritas ao ouro.

O jogo será sexta-feira, em Cardiff, às 13h (de Brasília).

O primeiro lugar no grupo E faria o Brasil enfrentar o Canadá no primeiro mata-mata, teoricamente um rival mais fraco, e, assim, trilharia um caminho mais tranquilo na busca pelo inédito ouro.

O clima era de frustração e preocupação em Wembley por causa do confronto com o Japão já na próxima fase. Não era o que o time queria.

"A gente fica meio aborrecido, porque não fizemos muita coisa que treinamos", disse Barcellos. "Eu disse que a gente perdeu o jogo, mas não a medalha", afirmou.

Nervosa e sem um dia brilhante de Marta, a seleção brasileira não conseguiu repetir as atuações dos dois primeiros jogos, quando goleou Camarões, 5 a 0, e derrotou a Nova Zelândia por 1 a 0.

Sem tomar gols até o jogo de ontem, o plano era passar pelas britânicas e, com 100% de aproveitamento, garantir o primeiro lugar do grupo.

Além disso, o Brasil deixou de conseguir um feito inédito em Olimpíada de não tropeçar, nem tomar gol na primeira fase do torneio.

GOL RELÂMPAGO

Empurrada pela maioria dos 70 mil torcedores no estádio de Wembley, a seleção britânica marcou com menos de dois minutos de jogo com a zagueira Houghton.

Assustado, o time brasileiro tentou, em vão, reagir usando Cristiane na frente.

A seleção da casa ainda contou com uma grande atuação da atacante Kelly Smith. Decisiva, ela ainda perdeu um pênalti, defendido por Andréia no segundo tempo.

O técnico brasileiro evitou criticar Marta. "O time como coletivo não atuou bem. O coletivo tem que estar bem."

Ele disse que o transtorno sofrido pela equipe anteontem, quando, no caminho para Londres, o ônibus quebrou, não influenciou.

Irritada com as perguntas sobre a derrota, Marta minimizou a cobrança pública do treinador. "Não foi uma bronca, foi um lembrete do que temos que fazer. Alguma coisa não funcionou", disse.

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