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Brasil cai pela 3ª vez seguida e chora por eliminação iminente

BASQUETE
Equipe feminina perde para a Austrália e, se passar, terá pela frente os EUA, invictos desde 1996

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Todos os caminhos da seleção feminina de basquete levam a um final trágico em Londres. Ontem, a equipe perdeu sua terceira partida consecutiva, para a Austrália, por 67 a 61, e se colocou em uma posição indesejável.

É possível se classificar para as quartas de final, mas da pior maneira. É preciso vencer os dois últimos jogos da primeira fase: contra o Canadá e a Grã-Bretanha.

As rivais da América estão em Londres com dez das 12 jogadoras que perderam por 17 pontos para as brasileiras no Pré-Olímpico, em 2011.

As britânicas não têm tradição no basquete e disputam pela primeira vez um torneio olímpico, por conseguirem classificação automática.

Superando as duas últimas adversárias, o Brasil avançaria na quarta colocação do Grupo B e enfrentaria o primeiro colocado da outra chave, os EUA, que desde Atlanta-1996 não perdem uma partida em Jogos Olímpicos.

Mas uma derrota para as canadenses faz a seleção se despedir de Londres na primeira fase, repetindo campanha de Pequim-2008, quando foi 11ª, com uma vitória.

Caso perca só para as britânicas, ocorrerá um tríplice empate com as canadenses, e a vaga será decidida no saldo de pontos entre as três.

O cenário de eliminação iminente cabe como justificativa pela comoção das brasileiras após o revés de ontem.

E combina com o prognóstico feito pelo técnico Luis Cláudio Tarallo no desembarque da seleção em Londres. "Primeiro, temos de torcer para nos classificarmos. Depois, para não ficarmos em quarto", disse à Folha.

Ontem, Adrianinha, Joice e Karla, as únicas que atenderam a imprensa, não conseguiram segurar o choro.

"A gente luta tanto, e o resultado não chega. A gente fica até chateada com tanta crítica, só a gente sabe o tanto que treina para estar aqui", disse a armadora Adrianinha, 33, que disputa sua quarta e última Olimpíada.

"É meu último torneio com a seleção brasileira e queria muito uma medalha."

Ontem, ela contribuiu com oito pontos em 22 minutos.

"A gente é guerreira para caramba. Queria dar mais orgulho aos meus pais, aos brasileiros. Ninguém está deixando nada para depois, até porque eu e Adrianinha não temos nada depois", disse Karla, para quem esses Jogos também serão os últimos.

"Estou dando meu sangue, não precisa cair minha bola, mas vou para a defesa marcar. O time precisa ganhar, precisa tirar isso [a derrota] de cima", afirmou Joice.

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