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'Ninguém nos vence antes', diz rival de Mano

DO ENVIADO A NEWCASTLE

Um discurso messiânico e a "fortaleza mental" de seus jogadores são as armas da inexpressiva seleção de Honduras para tentar derrubar o Brasil nas quartas de final do torneio olímpico de futebol.

Os dois países se enfrentam amanhã, às 13h (de Brasília), em Newcastle, no primeiro duelo mata-mata destes Jogos Olímpicos.

Quem sobreviver disputa a semifinal contra Grã-Bretanha ou Coreia do Sul.

"É muito difícil montar uma seleção lá", disse ontem o colombiano Luis Suarez, 52, que já dirigiu o Equador na Copa do Mundo de 2006 e está em Honduras desde 2011.

"Não temos nem campos para formar jogadores. E, sem os fundamentos técnicos, não há como ter tática, sistema de jogo", argumentou. "São problemas que o Brasil certamente não tem", completou.

Dos 18 jogadores convocados por Suarez para a Olimpíada, 14 atuam na empobrecida liga hondurenha.

Segundo o regulamento da competição, os ingressos para jogos da primeira divisão não podem custar mais do que o equivalente a R$ 6.

Ainda assim, há estádios vazios, o que leva a clubes quebrados e dificuldades na formação de atletas.

"É odioso que existam assuntos como esses, de países pobres e países ricos", disse Suarez. "Mas o futebol te dá a chance de ganhar da Espanha, como fizemos, ou do Brasil, como queremos."

O treinador da seleção hondurenha repetiu algumas vezes que seus jogadores têm uma "fortaleza mental" e que por isso confia numa vitória sobre o Brasil amanhã.

"Se nos vencerem, é porque jogaram muito melhor do que nós. Ninguém nos vence antes, ninguém." (MF)

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