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No grito

Equipe de Mano Menezes sofre contra Honduras e extingue a paciência do técnico, mas violência do rival ajuda, time vira o placar e se coloca na semifinal da Olimpíada

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A NEWCASTLE

Brasil 3
Leandro Damião, aos 37min do 1º tempo; Neymar, aos 5min, e Leandro Damião, aos 14min do 2º tempo

Honduras 2
Martinez,aos 11min do 1º tempo, e Espinoza, aos 2min do 2º tempo

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O Brasil sofreu mais do que deveria, mas bateu a seleção de Honduras e se classificou à semifinal do torneio de futebol olímpico de Londres.

A vitória apertada em Newcastle evitou um vexame que teria consequências drásticas para o comando da seleção.

E garantiu a presença do time na Grã-Bretanha até os últimos dias da Olimpíada.

A equipe hoje viaja para Manchester, onde na terça- -feira enfrenta a Coreia do Sul, que ontem eliminou os anfitriões nos pênaltis.

Se ganhar, disputa o ouro no sábado, no estádio de Wembley, em Londres. Se perder, joga pelo bronze na sexta-feira, em Cardiff.

A exibição contra Honduras foi, de longe, a pior da seleção nesta Olimpíada.

Inseguro, o time de Mano Menezes correu muitos riscos e ficou duas vezes atrás no placar. Só começou a construir a vitória após a expulsão de um atleta hondurenho.

O treinador reconheceu que o time ficou "desestabilizado" em parte do jogo.

"Teria sido mais fácil se tivéssemos aberto o placar cedo", declarou, em referência ao gol perdido por Leandro Damião no primeiro lance.

Assim como se atrapalhava na defesa, Honduras criava dificuldades ao Brasil quando conseguia ter a bola.

Aos 11min, Martinez aproveitou o apagão geral da zaga brasileira e mandou de primeira, por cima de Gabriel.

O goleiro foi uma surpresa na escalação do Brasil, já que Neto fora titular nos dois primeiros jogos desta campanha nos Jogos Olímpicos.

"Ele passou mais confiança", resumiu Mano após o jogo. "Foi uma surpresa ", disse Gabriel. "Não esperava."

Sofrido o gol, a seleção brasileira entrou em pane. Mano abandonou o resto de calma que ainda tinha e se pôs a gritar na beira do gramado.

A cada sessão de berros, Mano voltava mais contrariado ao banco, com as mãos para trás, balançando a cabeça.

EXPULSÕES

O Brasil não conseguia repetir as boas atuações anteriores. A bola não circulava, em grande parte graças à violenta marcação de Honduras.

O que acabou por ser a salvação do time nacional. Só após a expulsão de Crisanto, aos 33min do primeiro tempo, o Brasil conseguiu jogar.

Leandro Damião empatou no fim do primeiro tempo, ao se atirar faminto numa bola que sobrou na pequena área.

Tudo apontava para um segundo tempo mais tranquilo para o Brasil. Mas o cenário mudou antes dos 3min: Espinoza disparou um chute cruzado, fraco, rasteiro, só o suficiente para vencer Gabriel.

O time de Mano voltava a ficar atrás no placar. Mas foi salvo pelo trabalho de Oscar, Neymar e Leandro Damião.

Este último sofreu pênalti, que o santista converteu. Em seguida, Neymar deu passe para Damião girar sobre o marcador e finalizar: 3 a 2.

Só então o Brasil conseguiu fazer o que pretendia desde o início. A bola então sempre procurou Oscar, que comandou a troca de passes.

No fim, Honduras ainda perdeu outro atleta, Espinoza, que também foi expulso.

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