Corinthians volta a sofrer com o ataque

Um mês após conquistar a Taça Libertadores, o Corinthians se deparou com um problema que o atingiu no início da temporada: a falta de gols de seus atacantes.

Desde a conquista, a equipe de Tite marcou dez gols em sete jogos. Apenas um deles foi anotado por um legítimo atacante: Liedson, que já foi para o Flamengo.

Hoje, contra o Vasco, no Rio, a equipe de Tite deve atacar com Jorge Henrique e Romarinho, a mesma dupla que passou em branco contra o Bahia, há uma semana.

Seja por lesões, ou pela falta de pontaria, nenhuma formação ofensiva deslanchou neste Campeonato Brasileiro. Tite já escalou Romarinho ao lado de Liedson, Elton e Emerson, hoje machucado.

Também já tentou um formação mais ofensiva, com Jorge Henrique, Emerson e Romarinho. Foi contra o Cruzeiro: Douglas estava suspenso, e o Corinthians venceu por 2 a 0, com gols do volante Paulinho e do zagueiro Chicão, outro desfalque hoje.

"Quem faz gol é a equipe toda. Paramos de tomar gol e não perdemos mais depois do jogo contra o Botafogo", disse Tite anteontem. "Não tomar gols faz a engrenagem melhorar na frente, ajuda os atacantes. Romarinho tem concluído bastante."

O autor do gol histórico contra o Boca Juniors, em La Bombonera, no jogo de ida da decisão da Libertadores, foi o único entre os atacantes que atuou em todos os jogos do Corinthians desde a conquista do título continental.

Elton também já foi testado, assim como o novato Paolo Guerrero, que entrou no decorrer de algumas partidas, mas ainda não produziu.

A torcida também aguarda pela estreia do argentino Martínez, que fez boa campanha na Libertadores pelo Velez e pode estrear na quarta-feira, contra o Atlético-GO.

Em nono lugar, Tite continua a traçar pequenas metas. "Primeiro foi sair da zona do inferno, depois se distanciar dela, agora chegar no G7, embolar. O final do primeiro turno mostrará a referência do quanto poderemos crescer", afirmou o treinador.

A quatro meses do Mundial de Clubes, Tite contou o que mudou no Corinthians desde o título continental.

"Mudou-se algumas peças, e me parece que aquele lado da amizade, a alegria deles [jogadores] continua", disse. "Claro que resultados facilitam, mas tem grupo que não se sustenta mesmo ganhando. O título modifica o reconhecimento na rua, mas o sentimento terminou, o time está numa competição muito importante", concluiu.

O Vasco, vice-líder, tenta a vitória para ultrapassar o Atlético-MG em pontos -o jogo do time mineiro foi adiado por causa das más condições do gramado do Engenhão. O principal desfalque é o zagueiro Dedé, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.