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Brasil bate Espanha e se coloca na rota da seleção americana

BASQUETE
Jogo é marcado por suspeita de pé no freio europeu, que evita confronto com Dream Team na semi

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Os jogadores da seleção masculina de basquete encontraram-se com os jornalistas na zona mista após vencer a Espanha por 88 a 82, no encerramento da primeira fase, em Londres, com um ligeiro constrangimento, mas um discurso ensaiado.

A vitória faz com que o Brasil avance às quartas de final na segunda colocação do Grupo B, atrás da Rússia, com uma derrota em cinco jogos.

Já os espanhóis, vice-campeões em Pequim-2008, passaram em terceiro.

O resultado torna possível um encontro de brasileiros com o Dream Team em uma semifinal. Já os espanhóis só cruzariam com os EUA na disputa pelo ouro. Antes, porém, o Brasil terá que derrotar a Argentina, que ontem perdeu para os americanos (126 a 97), nas quartas, amanhã.

O que causou certo constrangimento aos brasileiros foi a forma como triunfaram. A seleção jogou sem Nenê, poupado por sofrer com uma facite plantar (inflamação na planta do pé) esquerdo.

A Espanha chegou a abrir 11 pontos de dianteira no terceiro período sobre os brasileiros, que passaram quase dois quartos do jogo com armadores e pivôs reservas.

Nos últimos dez minutos, contudo, a Espanha mudou seu esquema defensivo. O Brasil marcou 16 pontos em seis minutos, 12 dos quais em cestas de três com Marquinhos e Leandrinho.

O placar de 31 a 16 em favor da seleção só no último período deu margem a uma possível pisada no freio por parte da equipe espanhola. Assim, fogem de cair na chave dos Estados Unidos.

"Se eles jogaram para perder, é problema deles", repetiram o pivô Tiago Splitter, os alas Leandrinho e Marquinhos, e o ala-pivô Guilherme Giovannoni. "Achei estranho eles armarem uma defesa por zona no último período", soltou o ala Alex, fugindo do script, citando um sistema que não pressiona tanto os arremessos de três pontos.

Coincidência ou não, a seleção não conseguiu fazer 31 pontos no último quarto em nenhum dos seus jogos anteriores em Londres. A Espanha jamais havia anotado tão pouco nessa etapa até aqui.

A seleção espanhola se disse ofendida pela insinuação.

"Não é uma pergunta inteligente. Conhecendo a mim, meus jogadores e a federação espanhola, [a insinuação] é desrespeitosa. Nós sempre tentamos vencer", defendeu--se o italiano Sergio Scariolo, técnico da Espanha.

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