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De três em três

Ataque mais eficiente dos Jogos funciona de novo e coloca equipe de Mano a um jogo do inédito ouro olímpico

Brasil 3
Rômulo, aos 37min do 1º tempo; Leandro Damião, aos 11min e aos 18min do 2º tempo
Coreia do Sul 0

Andrew Yates/France Presse
Leandro Damião chuta para marcar o terceiro gol do Brasil em Manchester
Leandro Damião chuta para marcar o terceiro gol do Brasil em Manchester

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A MANCHESTER

A busca obsessiva do futebol brasileiro por uma medalha de ouro olímpica está finalmente perto de terminar.

A seleção venceu a Coreia do Sul ontem, em Manchester, pela semifinal, e vai disputar o título com o México, sábado, às 11h (de Brasília).

Na 12ª participação do Brasil nos campeonatos de futebol da Olimpíada, esta será a terceira final -nas duas anteriores, em 1984 e 1988, terminou com a prata.

"Voltamos à decisão depois de 24 anos, o que deixa muito claro que não deve ser tão fácil chegar, ou teria acontecido mais vezes", disse o técnico Mano Menezes, cada vez menos questionado.

Sua equipe correu alguns riscos diante da Coreia, mas apenas nos minutos iniciais. Logo controlou o nervosismo, aproveitou com precisão as chances de gol que criou e pôde até se poupar no fim.

A seleção voltou a exibir sua fertilidade no ataque. Pelo quinto jogo consecutivo, fez três gols -nenhuma outra seleção desta Olimpíada comemorou tantas vezes, 15.

Ainda que não marque na final, o time de Mano já superou sua média histórica.

Nas outras 11 edições da Olimpíada de que participou, o futebol do Brasil havia anotado 95 vezes em 48 partidas, média de dois por jogo.

A defesa ontem demorou a se acertar, mas não repetiu os erros do duelo contra Honduras, nas quartas de final, em que foi vazada duas vezes.

Até os 15min, os sul-coreanos assustaram o Brasil. Mano iniciou com Alex Sandro no lugar de Hulk, e a equipe demorou a se acostumar.

O goleiro Gabriel, que ganhou a posição de Neto por "passar mais segurança", segundo disse o treinador, foi fonte de preocupação por cometer erros em dois cruzamentos e uma saída de bola.

Passados os sustos, o Brasil se impôs no contra-ataque. Sandro roubou bola na intermediária, Neymar iniciou a jogada, Oscar conduziu com lucidez e deixou Rômulo livre para bater cruzado: 1 a 0.

O segundo tempo foi mais fácil para o time nacional. Em parte pela ajuda do árbitro, que deixou de dar um pênalti de Sandro, logo aos 4min.

Os coreanos mal reclamaram, e ali, no início do segundo tempo, acabaram os riscos para a seleção brasileira.

Menos de dez minutos depois, Leandro Damião aproveitou boa jogada de Neymar pela esquerda e chutou forte para deixar o placar em 2 a 0.

Antes que a Coreia pudesse reagir, o camisa 9 anotou mais um e nocauteou de vez os coreanos, que já estavam cambaleados em campo.

"Até Wembley, senhores", sorriu Mano, ao fim de sua entrevista coletiva. Sábado, em Londres, ele quer encerrar a espera de 60 anos, período em que o Brasil ganhou cinco Copas e outros títulos, menos o ouro olímpico.

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