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Seleção não segura a Noruega, mas faz sua melhor campanha

HANDEBOL
Depois de abrir 6 gols de vantagem, Brasil permite reação das campeãs mundiais e termina em 6º

DO ENVIADO A LONDRES

O que fez a seleção brasileira de handebol, do técnico dinamarquês Morten Soubak, alcançar seu melhor desempenho em Olimpíadas foi exatamente o que a eliminou.

O Brasil perdeu para a Noruega, ontem, na arena Caixa de Cobre, por 21 a 19 para a Noruega, pelas quartas de final, depois de abrir diferença de seis gols no início do segundo tempo. Despediu-se dos Jogos Olímpicos de Londres na sexta colocação.

Jamais o handebol brasileiro alcançou tal feito em Olimpíadas. Em quatro participações desde Sydney-2000, o posto mais alto fora a sétima posição em Atenas-2004.

A posição em Londres foi alcançada por causa da boa campanha na primeira fase.

Com quatro vitórias em cinco apresentações, a equipe de Soubak avançou às quartas de final em primeiro no Grupo A, à frente de Croácia, Montenegro e Rússia.

O feito, comemorado pelas jogadoras e pela comissão técnica da seleção, daria direito a enfrentar o quarto colocado do Grupo B, que seria um adversário, pelo menos teoricamente, mais fraco.

Calhou com a alta popularidade que a equipe vive no Brasil. O handebol, até então patinho feio das modalidades coletivas olímpicas do país, ganhou destaque na mídia.

As entrevistas passaram a ser acompanhadas de perto pela assessoria do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), e até a vida sexual de uma atleta virou tema de debate na internet em meio aos Jogos.

Até o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, esteve na arena Caixa de Cobre para ver uma das partidas das meninas.

Foi recebido pelo egípcio Hassan Moustafa, presidente da IHF, a Federação Internacional de Handebol.

Em quadra, o time passou a ser respeitado pelos rivais, notadamente os europeus, grande celeiro do handebol.

Mas as brasileiras tiveram de medir forças contra a Noruega, a maior potência do handebol feminino mundial. Atual campeã olímpica e mundial, as escandinavas terminaram em quarto no Grupo B, em uma classificação contestada pelas pupilas de Morten Soubak.

"Não esperávamos que, ficando em primeiro, teríamos que encarar a Noruega como quarta colocada do outro grupo", admitiu a armadora esquerda Duda Amorim.

Quando o Brasil abriu 15 a 9 no início da segunda etapa, uma ótima vantagem para se administrar em uma partida de handebol, a seleção passou a cometer erros bobos no ataque e deu combustível para as norueguesas virarem o jogo com os contra-ataques rápidos, sua especialidade.

"As norueguesas com certeza acharam que iam ganhar do Brasil fácil. Mas, na hora do jogo, viram que seria diferente. Tiveram que mostrar o porquê de serem campeãs olímpica e mundial para virar o jogo", disse Soubak, sem esconder o abatimento pelo revés na eliminação de ontem. (DANIEL BRITO)

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