Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Mind the gap* A exceção no mundo do petróleo PAULO COBOSEDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE” O IRÃ tem uma ascensão impressionante no quadro de medalhas da Olimpíada de Londres. Restando só quatro dias para o fim dos Jogos, o país, com uma delegação de apenas 53 atletas, ocupa a 14ª posição, com oito medalhas no total, sendo quatro de ouro. Em Pequim, há quatro anos, os iranianos, com só dois pódios (uma medalha de ouro), terminaram em 51º lugar. O levantamento de peso e a luta, esportes em que o Irã ganhou sete medalhas, continuam sendo o ponto forte do país. No entanto, o arremesso de disco rendeu o primeiro pódio iraniano no atletismo em sua história olímpica. O país tem competidores em 14 modalidades diferentes em Londres. As mulheres iranianas ainda não foram ao pódio, mas competem em modalidades como canoagem, remo e taekwondo por méritos esportivos, e não por convite, como ocorre com mulheres muçulmanas de outros países próximos. Tudo muito diferente de seus vizinhos de Golfo Pérsico, tão ricos em petróleo e também muçulmanos, mas árabes (o Irã é persa). Juntos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar, Kuait e Iraque mandaram para Londres quase o dobro de atletas do que o Irã, mas em só oito modalidades, sendo que futebol e tiro concentram quase metade do seu total de inscritos. E os resultados mostram que só o dinheiro farto do petróleo não basta. Os árabes do Golfo Pérsico somam só quatro medalhas, nenhum ouro. Repetem assim sua mediocridade histórica -somam 12 medalhas, contra 56 do Irã em Olimpíadas. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |