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Destaque do time, Thaisa é a rainha da cobrança

VÔLEI
Central, que já chorou após errar nos Jogos, disputa hoje a semi

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

A Olívia Palito do passado não tem mais vergonha de sua altura. Com 1,96 m, Thaisa é gigante não só na estatura mas também na técnica.

A central é uma das principais estrelas da seleção, que, após vitória épica sobre a Rússia, busca hoje uma vaga na decisão da Olimpíada. O adversário será o Japão.

Thaisa superou a timidez e a gozação dos colegas de escola em relação ao seu físico desajeitado para se tornar uma das melhores atletas do mundo de sua posição.

Fato raro para uma jogadora de vôlei brasileira. No passado, as maiores estrelas da seleção eram as atacantes de ponta e as levantadoras.

Nesta Olimpíada, Thaisa é a maior pontuadora entre as meios de rede. Já anotou 91 pontos e mantém uma média impressionante para sua posição -15,7 pontos por jogo.

"Sempre fui mais atacante do que qualquer outra coisa. Se eu consigo colocar a bola no chão, os outros fundamentos saem bem", disse a atleta, nascida no Rio há 25 anos.

No bloqueio, Thaisa também não decepciona. É a quarta melhor dos Jogos, empatada com a outra central titular da seleção, Fabiana.

O perfeccionismo e o aprendizado com as colegas mais experientes a levaram a a atingir o atual status.

Thaisa é uma das jogadoras que mais vibram em quadra. A obsessão pela perfeição, porém, já lhe tirou do sério. Nesta Olimpíada, a central deixou escapar algumas lágrimas após errar um saque no jogo contra a China.

"Não é que eu não me permita errar, mas dói quando acontece. Tento manter a calma, mas a cobrança é uma característica minha", afirmou. "Tenho isso desde novinha. Eu era uma criança chata, que não queria perder em nenhuma brincadeira."

A atleta conta que o técnico José Roberto Guimarães até tenta convencê-la a não se punir tanto com os erros.

"Ele pede para eu não me cobrar tanto, mas acho que, com o tempo, consegui não deixar esse nervosismo me botar para baixo", falou.

Reserva do time campeão em Pequim-2008, a central afirma que a experiência na China foi fundamental.

"Evoluí bastante só observando [as titulares] Fabiana e Walewska. Eu não estava nem aí se não entrava muito na quadra. A experiência que tive em Pequim foi absurda. Isso me fez crescer muito nesses quatro anos", conta.

Mesmo tendo chegado a Londres já com uma Olimpíada na bagagem, isso não impediu que a jogadora ainda se impressionasse com sua nova experiência olímpica.

"Confesso que venho jogando com um frio na barriga, com ansiedade. Nos primeiros jogos, eu ficava me cobrando muito", afirma.

NA TV
Brasil x Japão
15h30 Record, Bandsports, ESPN, Sportv 3

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