Time de Bernardinho vai à semi, mas lesões preocupam a equipe

A vitória fácil contra a Argentina, ontem, colocou a seleção masculina de vôlei novamente em uma semifinal olímpica, mas a tranquilidade do jogo -3 a 0, sem sustos- contrasta com a preocupação para a partida que define quem luta pelo ouro.

Leandro Vissotto sofreu um estiramento na coxa direita no primeiro set, ontem, e está fora do confronto de amanhã com a Itália, que derrotou os EUA -ele dificilmente voltará a jogar em Londres.

Além de Vissotto, ao menos três atletas deixaram a quadra com dores e serão submetidos a tratamento intensivo até horas antes da semifinal. Dante, Murilo e Giba são os que mais preocupam.

Dante terminou a partida com o joelho direito inchado. Murilo, por sua vez, sente muitas dores no ombro direito. Além do gelo, que funciona como um analgésico, eles estão sendo tratados com doses de anti-inflamatório.

O outro atleta que está em situação de risco na seleção é o atacante reserva Giba, que em fevereiro colocou uma haste de titânio na tíbia esquerda para ajudar na recuperação de uma fratura causada por estresse.

"As dores nos acompanham. Não tem jeito. Agora, vamos fazer um baldão de gelo para tentar recuperar e chegar à próxima partida na melhor forma física", disse Murilo, que será submetido a pelo menos duas sessões diárias de gelo no "baldão".

"Sofremos muito com lesões desde a última Superliga. Estamos tentando segurar o máximo nos treinos para nos recuperarmos nos intervalos das partidas. Esse é o sacrifício de uma Olimpíada. Por isso temos que valorizar muito quando estamos dentro da quadra", afirmou o levantador Bruno.

Depois da vitória contra os argentinos, Murilo não quis comemorar a proximidade da disputa do ouro. "Não vamos falar em medalha ainda. Temos que dar esse passinho na sexta [amanhã] para chegar à disputa do ouro."