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Juliana e Larissa ganham o bronze e sonham com 2016

PRAIA
Dupla brasileira conquista medalha e vê rivais serem tricampeãs

DA ENVIADA A LONDRES

Pela terceira Olimpíada consecutiva, o topo do pódio no vôlei de praia feminino ficou reservado para as americanas Misty May-Treanor e Kerri Walsh. Mas, no degrau ao lado, estavam as brasileiras Larissa e Juliana, orgulhosas pelo bronze conquistado.

Uma medalha que coroou uma parceria de dez anos, marcada por muitas vitórias e também contusões graves. Larissa sofreu com uma hérnia de disco em 2002, e Juliana teve lesões nos dois joelhos em 2004 e em 2008.

"Volto para casa feliz. Se não é a medalha que as pessoas queriam, não posso fazer nada. Às vezes, os brasileiros dão muito valor à cor da medalha", disse Juliana, que desabou em lágrimas depois de receber o bronze.

Há quatro anos, a jogadora enfrentou uma das maiores decepções da carreira ao ser cortada da Olimpíada devido a uma lesão no joelho direito. Sem sua parceira, Larissa disputou Pequim com Ana Paula e caiu nas quartas.

Para chegar à medalha, a dupla teve que superar a "ressaca" pela derrota na semifinal para as americanas April Ross e Jennifer Kessy.

"Foi muito doído ter perdido aquele jogo, não só por ter deixado de ir para a final, mas porque a gente estava com o jogo ganho e deixou escapar", contou Larissa.

Logo no início da disputa pelo bronze, contra as chinesas Zhang Xi e Xue, as brasileiras ainda demonstraram estar abaladas pelo que ocorrera no dia anterior.

Diante do excesso de erros da dupla do Brasil, as asiáticas fecharam com facilidade a parcial em 21 a 11.

Foi o momento em que Larissa deu um chacoalhão em Juliana. "Eu queria mostrar que ela estava cometendo o mesmo erro que eu cometi no jogo com as americanas, jogando com muita raiva."

A dupla só cresceu mesmo no fim da segunda parcial, quando as chinesas estavam a dois pontos do bronze.

As brasileiras anotaram cinco pontos consecutivos, ganharam o set em 21 a 19 e, depois, levaram também o tie-break por 15 a 12.

As duas fizeram questão de minimizar as especulações sobre um possível racha ocorrido devido à queda na semi.

Juliana contou ter sonhado com esse "final feliz" para a dupla. Ato falho. "Foi final de ciclo, na verdade. De repente, em 2016 a gente tem o verdadeiro final feliz ", corrigiu a atleta. (MB)

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