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Atleta diz que ainda pensa em jogar futebol

DOS ENVIADOS A LONDRES

Lenda do atletismo mundial, Usain Bolt falou ontem, de novo, no sonho de jogar futebol pelo Manchester United. É uma aspiração que vem de sua infância e que ele estuda reviver agora.

Quando criança, o jamaicano jogava futebol e críquete em Sherwood Content, cidade na região rural de Trelawny, na Jamaica, onde nasceu. Adotara os esportes coletivos populares no país, fruto da colonização inglesa.

Mas, desde a década de 70, as corridas de velocidade também se tornaram febre na Jamaica, a partir da medalha de ouro de Donald Quarrie nos 200 m em Montréal-76.

Por isso, os técnicos de futebol e de críquete de Bolt o orientaram a virar velocista.

Filho dos donos da mercearia local, ele começou a ganhar campeonatos estudantis aos 12 anos. Três anos depois, já era o campeão mundial júnior dos 200 m.

Em sua primeira Olimpíada, em Atenas-2004, foi eliminado na prova de classificação. Tinha 17 anos.

Virou estrela em 2008 quando bateu o recorde dos 100 m ainda antes de Pequim.

Ali, se juntava a velocistas como Asafa Powell no cenário jamaicano. O país já tinha um centro de treinamento de primeiro nível e uma universidade com estudos específicos sobre atletismo.

E há o biótipo do atleta caribenho, negros fortes e de fibras musculares rápidas propícias à velocidade. Bahamas e Trinidad e Tobago também têm bons corredores.

Não foi uma surpresa quando Bolt virou líder do domínio jamaicano em Pequim. Foram 11 pódios, com títulos olímpicos no masculino e feminino dos 100 m e 200 m.

Em Londres, isso se repete. O país só perdeu os 200 m feminino. Na prova de ontem, obteve todos os lugares no pódio. Além de Bolt, Blake foi prata e Warren Weir, bronze.

O país levou oito medalhas das 12 nas duas provas mais rápidas em Londres.

No caso de Bolt, os dois títulos vieram após um ano de contusões, segundo ele.

Sobre o futebol, que completaria um ciclo em sua vida, o jamaicano ainda é reticente. "Tenho que ver se sou bom. Acho que poderia jogar de ala, posição que exige mais velocidade." O futuro da Jamaica na pista, porém, está garantido. (DB E RM)

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