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Membros de clã humilde, irmãos têm personalidades diferentes

DOS ENVIADOS A LONDRES

Um, Yamaguchi Falcão, gosta de músicas sertanejas românticas e é fã, em especial, da dupla Bruno e Marrone. O estilo do outro, Esquiva, é o pancadão, o hip-hop.

Yamaguchi é casado com Daiane. Não tem filhos. Esquiva tem um filho, Erik Falcão Florentino, de cerca de um ano e meio. No entanto, não convive com a mãe dele.

Yamaguchi é caseiro. "Eu até fico bravo com ele, digo, 'você tem que sair de casa, só quer saber de dormir'", relata o pai da dupla, o veterano lutador Touro Moreno, 75.

Mas os pontos em comum prevalecem sobre as diferenças. Ambos celebram, sobretudo, os valores e o clã comandado por Touro Moreno.

A afeição e a admiração pelo pai são evidenciadas toda vez que, após vitórias, os lutadores fazem com os braços, para as câmeras, um "T".

Ontem, foi a vez de a mãe, Maria Olinda, ser homenageada por Esquiva, que fez um coração com as mãos. Além de adorarem sua comida, a polenta e a costela, especialmente, têm à mãe o mesmo respeito que nutrem pelo pai.

"Se ela pedir para lavarem os pratos, eles lavam. Essa é uma obrigação que ela cobra", diz, rindo, Touro. "Os meninos foram educados assim, para mostrar respeito."

A predileção pelas lutas vem desde o berço, lembra Esquiva. "Meu pai conta que desde bebê eu já batia no peito de minha mãe, 'pou, pou'."

O programa favorito de TV? "O negócio deles é assistir a esporte. Se não tem nada passando, então é desenho animado, Pica-Pau e outros", entrega o patriarca do clã.

Além de Esquiva e Yamaguchi, há mais dois lutadores na família, Estivam, nome dado em homenagem ao lutador cubano tricampeão olímpico Teófilo Stevenson, e Thomas Edson, chamado assim por conta do inventor da lâmpada, um peso-pesado que baixará dos 91 kg para os 77 kg e cujo destino é o MMA.

Estivam, 15, que se sagrou no ano passado campeão nacional da categoria cadete, está em treino em Rio Claro.

Rotina de distância da família bem conhecida por Esquiva e Yamaguchi, cuja base é a mesma da seleção nacional de boxe, em Santo Amaro, zona sul paulistana.

Há também Deusa, 30, que praticou judô na juventude.

Apesar de ser um ex-praticante de vale-tudo, Touro Moreno lembra que os lutadores ainda são minoria em sua prole -ele tem 15 filhos vivos.

"Eles estudaram até a oitava série, primeiro ano, por conta das lutas de boxe. Mas eu tenho uma filha que é engenheira", explica. (EO e ML)

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