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Astro santista lamenta revés em 'chance única' e defende Rafael

DOS ENVIADOS A LONDRES

"Estava todo mundo tão quieto, um silêncio tão grande, que dava até para ouvir barulho de mosquito no vestiário." Assim descreveu Neymar o ambiente no vestiário do Brasil após a derrota para o México na final olímpica.

Dentro e fora de campo, Neymar foi ontem o retrato da seleção brasileira -como no resto da Olimpíada, aliás.

O jogador que fez três gols, deu quatro assistências e tanto participou dos outros duelos da seleção não apareceu no gramado de Wembley.

Neymar brilhou nas cinco primeiras partidas do Brasil no torneio, mas foi apagado pela marcação dos mexicanos no momento decisivo.

Ontem, tentou cinco chutes a gol, mas não mandou nenhum na direção certa.

Foi o jogador que mais perdeu bolas da seleção brasileira -dez. E também o mais faltoso: quatro das 16 faltas do Brasil foram dele.

Encerrado o jogo, sentou-se sozinho no meio do gramado, pôs as mãos nas chuteiras, baixou a cabeça, catatônico. Foi consolado pelo goleiro mexicano Corona, depois consolou Lucas, que chorava compulsivamente.

Com uma camisa mexicana enrolada no pescoço, foi para o vestiário cabisbaixo, voltou de cara fechada para receber a medalha de prata.

Ao passar pela área de entrevistas, não se escondeu. Defendeu o lateral direito Rafael, que errou no lance do primeiro gol dos mexicanos.

"Todo mundo erra, eu errei um gol, o Oscar também, é normal, acontece, a culpa não é dele, não", afirmou.

Neymar, 20, se igualou a craques como Romário e Bebeto, que também perderam uma final olímpica.

"Vou lamentar muito esse jogo, porque era uma chance única", disse o atacante.

"Em quatro anos, quase ninguém aqui vai ter idade olímpica [23 anos] e esta pode ter sido nossa última chance. Perdemos a chance do ouro", resignou-se.

Neymar voltou com o ônibus da seleção para o hotel e logo saiu para jantar com seu pai e integrantes de seu estafe. Hoje, embarca para Estocolmo, onde a seleção faz amistoso na quarta-feira, contra a Suécia.

(LC, MF e SR)

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