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Como vilã, Espanha desafia Dream Team, o 'mocinho' da final

BASQUETE Equipe ibérica disputa reedição da decisão de Pequim com imagem arranhada por suposta entrega

DO ENVIADO A LONDRES

Estados Unidos e Espanha se reencontram hoje na final do basquete olímpico, quatro anos após a histórica decisão pelo ouro em Pequim-2008.

Na arena de North Greenwich, em Londres, no entanto, as duas seleções duelam com papéis invertidos.

Desta vez, os espanhóis são os vilões. O time que a torcida quer ver derrotado para que seja feita justiça pelo que se prestou para ir à final.

Já os americanos, todos astros da NBA, por outro lado, são vistos como essenciais para o torneio masculino olímpico de basquete.

Eles sempre foram tidos como arrogantes e pretensiosos, por fazerem pouco caso dos Jogos e das outras equipes. Versão que se mostrou obsoleta na edição londrina.

A seleção da Espanha, a quem a imprensa de seu país deu a alcunha de ÑBA (se diz enhe-bê-a), para designar uma versão ibérica do Dream Team, acumulou desafetos no caminho para a final.

Graças à surpreendente derrota para a Rússia na primeira fase. O placar fez com que o time pudesse alcançar no máximo o segundo lugar no grupo contra o Brasil.

No confronto direto, a equipe dirigida por Rubén Magnano, mesmo sem Nenê, poupado, e com armadores e pivôs reservas, ganhou por 88 a 82. Assim, os espanhóis foram terceiro na chave e fugiram de um hipotético jogo com os EUA na semifinal.

Mas a maneira como os espanhóis atuaram no último período gerou revolta. Franceses, argentinos, russos e brasileiros se manifestaram.

Nas quartas de final, a Espanha enfrentou a França, a quem havia vencido na final do Europeu de 2011. Em Londres, tornou a batê-la. Em quadra, os franceses fizeram justiça com as própria mãos.

Nicolas Batum acertou um soco em Juan Carlos Navarro, quando o placar já estava definido em favor da Espanha.

"Eles não mereciam ganhar. Jogaram para perder do Brasil", acusou Batum.

Os jogadores da Espanha não se veem como vilões.

"Ganhamos as quartas de final e também a semifinal. Então, acho que, quando seu time faz isso, ele está automaticamente classificado para as finais, não?", indagou à Folha, debochado, o pivô Marc Gasol, do Memphis Grizzlies, da NBA.

NA TV

EUA x Espanha

11h Bandsports, ESPN Brasil e SporTV

(DANIEL BRITO)

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