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2016

Sucesso esportivo e de organização da Grã-Bretanha aumenta pressão sobre o Brasil

DO ENVIADO A LONDRES

O sucesso da organização de Londres-2012 e do desempenho esportivo britânico elevou o nível de exigência para a preparação da Rio-2016.

As cobranças do COI (Comitê Olímpico Internacional) se acumulam sobre a cidade e se intensificaram ao fim dos Jogos, como deixou claro o presidente Jacques Rogge.

Explica-se: o cronograma de projetos do Rio está mais lento do que na capital inglesa, e brasileiros tiveram participação modesta nos Jogos.

Assim, itens como orçamento, obras do Parque Olímpico, infraestrutura de transporte e desempenho esportivo do país se tornaram preocupações para a Olimpíada.

E há ainda algumas questões a serem melhoradas em relação a Londres, principalmente a venda de ingressos.

Para os projetos andarem mais rápido, primeiro o Brasil precisa saber quanto custará o evento. "Nós estamos pedindo o orçamento para ser finalizado o mais rápido possível", declarou Rogge.

O Rio estima que até o final do ano terá os custos dos Jogos. O orçamento da candidatura era de R$ 28 bilhões.

Londres divulgou o valor a ser gasto em 2007, ou seja, cinco anos antes dos Jogos. O montante foi quadruplicado em relação à candidatura, indo a 9,3 bilhões de libras.

Esses valores foram usados para construir estruturas que, na maioria dos casos, sofrerão transformações após os Jogos, incrementando o legado à cidade. É um desafio para o Rio repetir o modelo.

A infraestrutura de transporte de Londres foi melhorada e funcionou bem durante o período da Olimpíada.

No Rio, a maioria dos projetos está prevista para o final de 2015. O COI já disse que o calendário está apertado.

Essa experiência londrina vem sendo repassada ao Rio, mas isso será intensificado em reuniões em novembro.

"A Olimpíada de Londres foi fantástica, mas podemos dizer aos brasileiros para tomar cuidado com isso ou aquilo, mas nada de fundamental", afirmou Rogge.

Há uma grande preocupação do comitê em relação ao desempenho esportivo brasileiro, que afetará o entusiasmo da população. "Falamos [a Londres] que é preciso ganhar medalhas porque é importante para a Olimpíada. Falamos o mesmo ao Rio", disse Rogge.

(RODRIGO MATTOS)

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