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Amazonas se revolta com exclusão de fruta candidata

A divulgação dos nomes da bola que estão em votação popular decepcionou o administrador amazonense Beto Mafra, 56, que encabeçou uma campanha pelo nome Caramuri, com apoio institucional do governo do Amazonas e de personalidades como o lutador José Aldo.

Trata-se de uma fruta rara que surge na Amazônia apenas de quatro em quatro anos, bem na época da Copa. Caramuri significa "fruta que alimenta o homem" na língua indígena sateré mawé.

"A fruta é arredondada como uma bola, doce como o sabor da vitória e tem as cores verde e amarela da bandeira do Brasil", disse Mafra.

O administrador, que sugeriu o nome para a Adidas em 2011, afirma que pretende continuar com uma campanha paralela nas redes sociais. Ele já visitou seis das 12 sedes da Copa no Brasil para divulgar a sugestão.

"Foi uma decepção muito grande. Não se prega no Brasil que é a Copa da sustentabilidade? Então deveria ter um paralelo com um nome da Amazônia, que é a maior floresta do planeta", disse.

Segundo a secretária de Juventude, Desportos e Lazer do Amazonas, Alessandra Campelo, a Adidas não informou ao Estado de que o nome não entraria na votação.

"Foi uma falta de respeito com a proposta que o Amazonas mandou e que foi abraçada por vários Estados e instituições", disse Campelo.

A Adidas informou que Caramuri ficou fora porque não atendeu a parte dos critérios utilizados para a escolha dos finalistas. A empresa levou em consideração a facilidade de pronúncia e a identificação com o Brasil que o nome teria fora do país, além de questões jurídicas relacionadas ao registro da marca e à identificação com a cultura e a história do Brasil.