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Time vence e alivia pressão sobre Mano

SELEÇÃO
No primeiro jogo após decepção em Londres, equipe passa pela Suécia sem susto e com Neymar atuante

Suécia 0
Brasil 3
Leandro Damião, aos 31min do 1º tempo, e Alexandre Pato, aos 38min e aos 40min do 2º tempo

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A ESTOCOLMO

No estádio em que ganhou seu primeiro título mundial, há 54 anos, a seleção brasileira começou ontem seu processo de reconstrução.

No último jogo da Suécia no Rasunda, o Brasil venceu por 3 a 0 sem brilhar, mas sem correr riscos. A seleção usou a base olímpica, reforçada por Daniel Alves, David Luiz, Paulinho e Ramires.

O resultado alivia a pressão sobre o técnico Mano Menezes, que sofre grande cobrança interna na CBF após a perda do ouro em Londres.

"Era importante darmos uma resposta forte, clara", afirmou Mano após o jogo. "Uma derrota [para o México, por 2 a 1] não pode apagar todo um trabalho que mostrou estar no caminho certo."

Após a partida, o presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que o momento é de "tranquilidade e serenidade". O cartola deu várias demonstrações públicas de apoio ao treinador, ao contrário de seu vice e braço direito, Marco Polo Del Nero.

Mano volta a convocar a seleção na próxima quinta-feira, para os amistosos contra África do Sul e China, a serem disputados em São Paulo e Recife, no início de setembro.

A seleção brasileira, de camisas azuis, como na final de 1958, se impôs ontem sobre a Suécia, que, sem o machucado Ibrahimovic, não ofereceu nenhuma resistência.

No primeiro tempo, a seleção se preocupou basicamente em escapar da pancadaria.

O Brasil chegou a mandar a bola para a rede aos 18min, quando Damião acertou um chute na trave, e Neymar mandou para o gol vazio.

O lance foi equivocadamente anulado por impedimento. O erro seria compensado no fim da partida.

O trio de volantes de Mano Menezes -Rômulo, Paulinho e Ramires- não tinha trabalho para conter os suecos.

Oscar sumiu um pouco da partida após levar uma pancada de Larsson na lateral do campo, em frente ao banco de reservas do Brasil.

E Neymar era o mais lúcido do time. O camisa 11 rodava pelos dois lados do gramado, voltava para buscar jogo, finalizava, lançava. Aos 31min, cruzou na cabeça de Leandro Damião, que completou com perfeição: 1 a 0.

A maior parte do segundo tempo foi monótona, a ponto de a torcida passar mais tempo preocupada com a "ola" do que em acompanhar o que se passava em campo.

A menos de dez minutos do fim, o Brasil ampliou a vantagem de forma quase bizarra. Em lance confuso, a bola sobrou para Alexandre Pato, impedido, fazer 2 a 0.

Os suecos se descontrolaram, reclamaram muito.

Assim que o jogo recomeçou, Pato criou mais problemas para o time da casa: sofreu pênalti, converteu e fechou o placar com a mesma diferença da final de 1958 -três gols a favor do Brasil.

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